Com vitória de Lula, ministros do STF apostam em fim da guerra com Planalto – UOL Confere
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Escreve sobre o Poder Judiciário, com ênfase no Supremo Tribunal Federal, desde 2001. Participou da cobertura do mensalão, da Lava-Jato e dos principais julgamentos dos últimos anos. Foi repórter e analista do jornal O Globo (2001-2021) e analista de política da CNN (2022). Teve duas passagens pela revista Época: como repórter (2000-2001) e colunista (2019-2021).
Colunista do UOL
30/10/2022 21h44Atualizada em 30/10/2022 21h58
Depois dos quatro anos de guerra intensa do Palácio do Planalto com o STF (Supremo Tribunal Federal), ministros da mais alta corte do país preveem um período de paz com a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.
Hoje, quando foi divulgado o resultado das urnas, alguns ministros respiraram aliviado com a saída de Jair Bolsonaro do poder, pela perspectiva do distensionamento entre os dois Poderes.
Embora Bolsonaro tenha criticado o sistema eleitoral brasileiro, integrantes do Supremo acreditam que ele aceitará a derrota e colaborará com a transição para o governo Lula. Os ministros acham improvável que Bolsonaro se recuse a passar a faixa presidencial ao adversário.
Com a vitória de Lula, ministros enxergam agora um caminho para a reconstrução de pontes entre o Palácio do Planalto e do STF.
Com Bolsonaro derrotado, a expectativa é de um clima mais favorável para reatar os laços institucionais entre os Poderes e reconstruir a credibilidade do Judiciário.
Durante o mandato, Bolsonaro atacou o STF e o TSE. Seguidores do presidente fizeram o mesmo, especialmente nas redes sociais. As críticas atingiram pessoalmente os ministros das duas cortes, e não apenas as decisões por eles proferidas.
Com um ambiente sem ataques, o plano agora é o Judiciário reerguer a imagem em parte comprometida pelos ataques do presidente e de militantes.
No novo governo, ministros do STF consideram que seria natural o encerramento do inquérito que apura fake news e o que investiga ataques à democracia por milícias digitais. As duas frentes teriam cumprido o papel de defender a cúpula do Judiciário e as instituições, especialmente em ano eleitoral.
Passada a eleição, a avaliação no Supremo é de que seria preciso distensionar a relação entre as instituições. O caminho passaria por encerrar os inquéritos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Por favor, tente novamente mais tarde.
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido e Paulo Roberto Netto
Carolina Brígido
Carolina Brígido e Paulo Roberto Netto