Combate ao crime e à corrupção e economia pesam ao eleitor – dm.com.br

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Direitos de minorias, manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 e a defesa da família tradicional também aparecem na lista das questões influenciam a definição do voto, segundo levantamento feito pelo instituto de pesquisa

Para a maioria dos brasileiros, o combate ao crime e à corrupção, a defesa dos direitos trabalhistas, a redução do desemprego e a defesa da democracia são temas decisivos que pesam na hora de decidir entre os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. A constatação foi feita pelo Datafolha após entrevistar 2.884 eleitores na última pesquisa do instituto, divulgada na sexta-feira (7/10).
O levantamento, feito entre quarta-feira (5/10) e sexta-feira (7/10), apontou que 85% dos entrevistados afirmam que identificar no candidato a prioridade de combater o crime é decisivo na hora de decidir o voto. O mesmo percentual apostou no combate à corrupção.
Ainda no topo da lista, a defesa dos direitos trabalhistas foi apontada como muito importante para 83% dos respondentes, seguido pela redução do desemprego, para 82%, e do combate à inflação, para 81% dos entrevistados.
Para 82%, a defesa da democracia é muito importante e para 81%, a defesa do ambiente. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, o que implica em um empate em todos os temas acima citados.
Contratado pelo jornal Folha de S.Paulo e pela TV Globo, o levantamento entrevistou 2.884 eleitores em 179 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-02012/2022.
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Na sequência dos temas considerados mais importantes para mais de 80% dos entrevistados estão a defesa dos direitos de minorias. Para 79% dos respondentes da pesquisa, pautas que promovam a inclusão e proteção dos direitos das mulheres, homoafetivos, negros e pessoas com deficiência são muito importantes para decidir qual dos dois números irá digitar nas urnas.
Em seguida, os entrevistados afirmam que a defesa dos valores da família tradicional (74%), a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 (65%) e a orientação de um líder religioso (54%) são fatores que pesam muito na hora de decidir o voto.
No entanto, ao fazer o recorte das respostas por eleitor que já decidiu o voto, os índices de importância divergem. Na pauta de defesa da família tradicional, a importância é grande para 88% dos eleitores de Bolsonaro; 66% dos eleitores de Lula acreditam que a bandeira é muito importante.
A orientação de um líder religioso é considerada muito importante por 67% dos eleitores do chefe do Executivo e por 48% dos eleitores do petista. Ainda nessa pauta, há diferença entre evangélicos e católicos: 75% dos eleitores que se consideram evangélicos afirmaram que a indicação de um candidato feita por um pastor é muito importante; ante a 67% dos que se denominam católicos.
Nos demais assuntos, o Datafolha mostra que a diferença é menor e, no tema de defesa da democracia, há um empate: 84% dos eleitores de cada candidato consideram a pauta muito importante.
Transferência de voto depende de engajamento de novos aliados
Poucos dias após um primeiro turno que cristalizou a divisão clara entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pela disputa à Presidência, deu-se início a uma onda de apoios políticos para cada um dos candidatos.
Desde o tímido aceno de Ciro Gomes (PDT) a Lula até o apoio “incondicional” do governador paulista Rodrigo Garcia (PSDB) a Bolsonaro, o mundo político tenta responder a uma pergunta essencial: de que forma o endosso às candidaturas pode se transformar em votos?
Para analistas e políticos ouvidos pela reportagem, o cenário depende primordialmente do quanto cada um dos apoiadores irá se empenhar nas campanhas dos aliados e conseguir, de fato, converter esse apoio em mais votos nas urnas.
Nesse sentido, as atenções se voltam a dois grupos. Primeiro, aos candidatos à Presidência derrotados no primeiro turno, que têm um contingente de eleitores a ser disputado. E, em segundo, a governadores, reeleitos ou derrotados, que possam utilizar a influência política – e, principalmente, a máquina pública – para angariar votos aos aliados.
Bolsonaro teve 6 milhões de votos a menos que Lula, defasagem que teria de ser recuperada até o fim do mês. O cenário polarizado, porém, fez com que os eleitores se concentrassem nos dois principais candidatos e deixassem pouca margem para avanços. Os votos dos candidatos derrotados somam 8% dos eleitores, ante 24% em 2018 e 2014.
Além disso, um aumento da abstenção, que foi de 20,95% no dia 2, pode ser decisivo se a votação for acirrada. Em 2018, por exemplo, elas cresceram em 1,6 milhão de votos do primeiro para o segundo turno.

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