Como lidar com o aumento de incidência de concussão no esporte? – Yahoo Esportes

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O universo do esporte de alto rendimento é traçado por um enredo de perdas e glórias em que o script de drama é uma realidade muito maior que conquistas de outrora. As costumeiras lesões servem como um pano de fundo de contrastes. É nesse paradigma que a medicina esportiva existe: reparar a vida de drama de atletas que lutam por um dia ao sol, mas se encontram num mundo paralelo
Em reportagem especial para o Yahoo Esportes, conversamos com um dos especialistas em saúde no esporte, Ricardo Eid, que tratou de falar de um dos assuntos mais recorrentes do momento: a concussão cerebral. Lesão essa que se define por danos decorridos, traumas, em diferentes níveis, através de modalidades que lidam com certa frequência com choques na região da cabeça, podem deixar sequelas, problemas crônicos cerebrais, progressivos, pontuais.
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O crânio tem a função de proteger de possíveis traumas ocasionados na região. Entretanto, há lesões de grande impacto que nem sempre se mostram graves por não apresentarem efeitos mais claros, objetivos, no sentido de análise clínica. A concussão cerebral se confirma através de impactos, danos, causados na região traumatizada por algum choque, pancada. Nem sempre certas lesões são fáceis de diagnosticar, por terem danos menores, microscópicos, dificultando, com isso, uma resposta precisa e objetiva.
A concussão cerebral nem sempre é algo perceptível por exames pontuais, como a tomografia computadorizada, uma vez que há vários sintomas e um diagnóstico mais profundo, um estudo mais avançado sobre o tema.
Eid relata como foi o seu estudo sobre a temática, a vida, futuro de esportistas, pós acidentes, os traumas, acidentes, eventos trágicos, NFL, F1 e MMA.
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Médico do Esporte e do Exercício e responsável pelo programa de avaliação e treinamento cognitivo do Prevent Senior NEWON, o Dr. Ricardo possui o Título de Especialista em Medicina do Exercício e do Esporte pela Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva/CFM. Apaixonado por futebol, levou sua paixão à prática, atuou como médico do Red Bull Bragantino.
Fellowship na Universidade de Pittsburgh, no serviço de Concussão Cerebral no Esporte da Faculdade de Medicina da Pittsburgh University em 2011, também atua na área de E-Sports, na Liberty Games, e dá aula de pós-graduação em Medicina Esportiva em diversas faculdades.
Muito se deve ao acompanhamento de futebol americano, quando originalmente perceberam que os atletas que tinham lesões e traumas de cabeça permaneciam clinicamente alterados por um bom tempo, mas isso não aparecia no raio-x. E eles perceberam que precisavam de um novo exame para conseguir diagnosticar de forma mais precisa.
Muitas vezes esses atletas eram liberados porque não tinham alterações clínicas, mas depois de algum tempo, eles voltam a apresentar estas alterações. Significava que eles não estavam prontos, curados da lesão. Então eles criaram alguns testes computadorizados para medir memória, atenção e reflexos, tarefas mais complexas. Aí sim, esses testes avaliam e diagnosticam, ajudam a diagnosticar principalmente a concussão cerebral e servem para acompanhar o seu tratamento, sua evolução.
A concussão é conhecida por um trauma direto ou indireto na cabeça. Então o que nós fazemos em ação imediata: descartar lesões estruturais, mais graves, principalmente, que colocam em risco imediato a vida do paciente. Descartando esse alerta, nós pensamos na concussão. O atleta precisa ser retirado da modalidade, afastado e acompanhado adequadamente, mas a avaliação imediata é feita basicamente para diagnosticar a concussão e afastar do risco de uma lesão mais grave.
Existem muitas modalidades com a ascendência alta de trauma na cabeça. Inclusive, a gente sempre pensa no boxe, no futebol americano e no hóquei, mas no nosso futebol é muito prevalente, acontece bastante e casos graves. A gente vê por exemplo na final da Copa do Mundo no Brasil em 2014, um jogador da Alemanha [Christoph Kramer] que teve esse trauma. Ele não lembra muita coisa, de boa parte daquela partida. Temos o caso do Álvaro Pereira também naquela Copa. Um mês depois ele teve um trauma de cabeça importante na partida. Teve um novo trauma de cabeça, uma concussão quando jogava no São Paulo.
Em um jogo recente, se eu não me engano, foi um jogo do Vasco e Botafogo, o médico brigou com o jogador para que ele não voltasse a partida, precisando discutir em voltar. Ele não tinha percebido o que havia acontecido. Então, no nosso futebol, por incrível que pareça é muito prevalente, existem muitos traumas de cabeça.
Esportes de contato em geral existem grande risco de concussão. É um tipo de diagnóstico que não se define com exames periódicos. Na verdade, se nós tivemos exames periódicos, ou seja, exames anuais que a gente avalia a concussão. Esses testes cognitivos, computadorizados. Ele pode sim dar indícios de alteração de um ano para o outro e com isso, pensar se teve alguma alteração ou mesmo de uma periodicidade mais curta. Por exemplo: um pós-luta, um esporte de mais contato. Então, próximo de uma luta, mais próximo do evento, faça um novo teste, se identifica um pouco depois dessa luta se houve alguma alteração em relação ao teste basal do indivíduo.
Em modalidades como NFL, boxe, MMA e Fórmula 1, que existem traumas recorrentes, com traumas e micro traumas, que a gente sabe que vai acontecer ou movimentos bruscos de aceleração ou desaceleração, nós estamos recomendando, na realidade, boa parte do mundo está indicando [mais testes]. Aqui no Brasil o que ainda está começando são os testes voltados para concussão: cognitivos, computadorizados, basais. Nós fazemos esses testes na pré-temporada e conforme o atleta tenha algum movimento brusco de aceleração e comparamos com o original dele. Caso tenha alguma alteração ou irregularidade, nós podemos diagnosticar a concussão. Tudo isso aliado a avaliação clínica.
O problema na avaliação clínica é: ele é muito fácil de ser detectado no começo, alguma maioria das vezes nos primeiros dias, porém fica cada vez mais difícil. Os sintomas variam muito de pessoa para pessoa e ficam cada vez mais fracos, no momento que a concussão está presente. Ela precisa ser curada para a gente não se preocupar mais com ela. Com isso, os testes computadorizados conseguem identificar mesmo se não tiver alteração clínica conseguem detectar alguma alteração por longo tempo.
A questão do cockpit serve para proteger de outros tipos de lesões estruturais graves, de traumas violentos e comuns, infelizmente. Mesmo no boxe, usar o capacete não previne a concussão. Muitas vezes ele até aumenta a incidência de concussão, a exposição é muito maior para possíveis danos que podem ocorrer em diversos ângulos.
Existe um consenso sobre a concussão no esporte. Reuniões acontecem há cada 4 anos. Esse ano irá acontecer mais uma, em Amsterdã, na Holanda, em que irei participar. E é isso que fala para os esportes de todo o mundo. Qual é a sugestão de uma padronização de protocolo de avaliação. De acordo com cada protocolo, eles montam o seu, individualizando para algumas perguntas, algumas questões específicas de tal modalidade. Por exemplo: esportes de luta têm uma periodicidade diferente da do futebol, por tratarem de lesões cerebrais com maior frequência.
Há muito receio na volta da prática esportiva. Se hipoteticamente passaram por algum sintoma de concussão cerebral mais séria, a sensação é uma espécie de ressaca. Imagine um atleta cinco noites sem dormir direito. Imagine se sentir assim igual ao dia seguinte dos eventos, se sentir assim todos os dias, ora mais acentuada, ora mais discreta. Vemos a vida de atletas, de jogadores de futebol americano com doenças crônicas que levam por toda vida, dores de cabeça diárias, tonturas, dificuldade em concentrar. A concussão atinge principalmente no rendimento de cada atleta, uma vez que passam a ter medo, insegurança, caindo drasticamente, sua performance.
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