Como técnico de futebol feminino devolveu o Canadá à Copa depois de 36 anos – UOL Esporte

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
23/11/2022 04h20
Trinta e seis anos depois de sua primeira (e até então única) participação em Copas do Mundo, o Canadá volta oficialmente hoje, a partir das 16h (de Brasília), a participar da principal competição de futebol do planeta.
Mas o país norte-americano, que nunca foi sinônimo de nada muito relevante nos gramados, só terá a oportunidade de encerrar essa longa espera no Qatar-2022 e enfrentar Bélgica, sua adversária de estreia no Grupo F, assim como Marrocos e Croácia, seus outros rivais na primeira fase, por causa de uma aposta ousada feita por seus dirigentes.

Enquanto boa parte das seleções afastadas do primeiro escalão do cenário internacional costumam importar treinadores de nações consolidadas em busca de evolução e resultados melhores, o Canadá preferiu olhar para aquilo que já estava dando certo no seu futebol feminino.
Desde 2018, quem dirige da beira do campo Alphonso Davies, Jonathan David e cia. é o inglês John Herdman, cujo trabalho anterior também havia sido à frente da seleção canadense, mas a das mulheres.
O técnico de 47 anos passou sete temporadas comandando a equipe do país mais setentrional das Américas. E obteve os resultados mais expressivos de sua história: as medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016 e ouro no Pan de Guadalajara-2011.
Antes, ele já havia conseguido classificar a Nova Zelândia para o Mundial feminino de 2007, encerrando um jejum de participações que já durava três edições, e conquistado dois títulos continentais da Oceania.
É isso mesmo que você está percebendo: Herdman jamais havia trabalhado com futebol masculino (pelo menos, não com o adulto) até ter sido remanejado pelo comando do Canadá, quatro anos atrás.
E, tudo que fazia com as mulheres também deu resultado imediato entre os homens. Logo na primeira edição das eliminatórias da Concacaf sob seu comando, os canadenses não só conseguiram a classificação pela qual aguardavam há 36 anos, como também deixaram Estados Unidos e México para trás e tiveram a melhor campanha dentre todos os países da região.
“Somos um país do futebol, isso é tudo que sempre quisemos. Queríamos esse respeito. Queríamos que as pessoas acreditassem que éramos um país do futebol e provamos isso. Estamos chegando, estamos apenas começando. Que privilégio foi conseguir isso como treinador. Estou orgulhoso por todas essas pessoas aqui”, disse Herdman, após a conquista da vaga.
Agora, o primeiro treinador da história a dirigir equipes nas versões masculina e feminina da Copa do Mundo, tem três chances para realizar um desafio ainda mais arrojado: dar ao Canadá sua primeira vitória na história da competição.
Em 1986, a campanha dos “Canucks” foi bem fraquinha, com derrotas nos três jogos que disputou (contra União Soviética, França e Hungria) e nenhum gol marcado. Ou seja, o que vier é lucro.
A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e conta com a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e é baixa.
O torneio está sendo disputado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por conta do calor que faz no país-sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.
Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizada por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
Hoje, às 7h – Marrocos x Croácia, Al-Bayt, em Al-Khor
Hoje, às 16h – Bélgica x Canadá, Ahmad bin Ali, em Al-Rayyan
27/11, às 10h – Bélgica x Marrocos, Al-Thumama, em Doha
27/11, 13h – Croácia x Canadá, Khalifa Internacional, em Al-Rayyan
01/12, às 12h – Croácia x Bélgica, Ahmad bin Ali, em Al-Rayyan
01/12, às 12h – Canadá x Marrocos, Al-Thumama, em Doha
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Rafael Reis
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