Corrupção – Diário da Região

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Editorias

As serpentes encantadas podem ter envenenado o país. A Petrobras (e outras) que se cuide. A corrupção pode voltar e a Lava Jato já não existe para processar, julgar, condenar e mandar os corruptos para a prisão, resgatando o dinheiro roubado ou, pelo menos, parte dele.
Cassiano Mathias, Rio Preto
Sistema
A Vigilância Sanitária chega no restaurante e avisa que vai fazer uma fiscalização. O dono do restaurante diz que podem fiscalizar a vontade só não pode entrar na cozinha.
Esse exemplo retrata bem a fiscalização que o TSE autorizou as Forças Armadas (FA) a fazer no sistema eleitoral, ou seja, você pode fiscalizar todos os processos, só não pode analisar o código-fonte que contém todas as instruções que o sistema vai executar e onde qualquer programador pode inserir a informação que quiser, inclusive para alterar votos.
Esse é apenas um dos problemas apresentados pelas FA no relatório entregue ao TSE.
Em breve, caso não seja censurado, trarei mais informações sobre esse relatório que deixou muitas dúvidas sobre a confiabilidade do sistema eleitoral, mas para isso talvez o Diário precise disponibilizar uma página inteira.
Miguel Freddi, Rio Preto
Copa do Mundo
É chegado o momento de assistirmos a mais uma Copa do Mundo e, com ele, renovam-se as esperanças de testemunhar momentos inesquecíveis. Para quem respira futebol sete dias por semana, doze meses por ano, a Copa do Mundo é uma espécie de Meca na qual se chega após quatro longos anos de peregrinação por campeonatos de várzea, amadores, divisões de acesso, estaduais, nacionais, continentais… quem não vive o futebol tão intensamente assim também chega, pois este é um dos esportes mais democráticos do planeta e seu evento maior uma verdadeira festa. Mas somente aos primeiros é concedido contemplar a Meca em todo seu extraordinário esplendor.
No Brasil, a Copa chama a atenção de (quase) todos, converte-se em oportunidade de convívio social e, por que não?, reaviva o sentimento de disputa, desperta a vontade de ganhar. Mas para quem gosta mesmo de futebol, o que interessa mesmo é a Copa: as torcidas oriundas de todos os cantos do globo, numa integração entre os povos que por vezes nos permite sermos ingênuos e românticos. Mas a estrela principal é o jogador de futebol. Todos os jogadores, de todas as seleções. Eles são os heróis simbólicos de uma infância que teima em não acabar e que é alimentada a cada Mundial. São eles os protagonistas das figurinhas dos álbuns comprados a cada quatro anos.
Mais uma Copa vem aí e, com ela, o desejo de testemunhar histórias que serão lembradas para sempre. Enquanto ela não chega, vale rememorar com um brilho infantil nos olhos a alegria esfuziante de um Tardelli, a genialidade de um Maradona, a irreverência de um Roger Milla, os dramas tão humanos de um Roby Baggio e de um Ronaldo Fenômeno. A Copa é sobretudo um momento especial na vida de quem acompanha futebol porque ela nos dá a nítida ilusão de que essas (e outras) histórias também são nossas.
Antonio Marcio Ataide, professor universitário
Artigo
Docente da FMUSP SP, cheguei a Rio Preto comissionado para prestar serviços a Famerp (pós-graduação) em 2000. Cacau Lopes, então Secretario da Saúde, era autêntico petista, do PT que governava só com PT sectário que era o partido. Lula promete governar para todos e com equipe multipartidária. Esta começando bem. Seu artigo, meu colega Cacau, é um alento ao nosso querido País tão carente de harmonia. Meus sinceros parabéns. Endosso tudo que ali está escrito com doçura e amor ao nosso povo. Paz, amor e respeito às diferenças é o que precisamos neste momento. Peço licença para plagiar sua última linda frase. O Brasil tem a chance, agora, de recuperar sua delicadeza perdida.
Geraldo Modesto de Medeiros, Rio Preto
Ditadura
Uma das minhas frases preferidas de Bertholdi Brecht é: ”O analfabetismo político é o pior dos analfabetismos”. Ditaduras provocam o analfabetismo político pelo cala-boca inserido. Naquele período de ditadura militar (1964-1985), as pessoas não podiam ter opinião sobre o governo, não votavam nas principais eleições e aqueles que tinham opiniões divergentes foram calados. Tem quem não percebeu a ditadura, como no caso do Roger, cantor de rock, que disse: “o meu pai trabalhava”, numa alusão de que quem se incomodava era vagabundo. Participei de reuniões em “porões subversivos” e não podia comentar nem com meus pais, que achavam certo aquele regime.
Ficamos mais analfabetos políticos do que já éramos, vindos de outra ditadura, “a Vargas” (1930-1945). Como não sabemos votar, principalmente no legislativo, que são os nossos representantes, estamos sempre à mercê de governantes assim, da América Latina.
Bolsonaro fez de tudo pra dar um golpe militar, sendo ele o protagonista, mas não conseguiu e, apesar de não se reeleger, foi bem votado e provocou esse movimento em que seus apoiadores estão nas portas dos quartéis reivindicando intervenção militar. O que querem, pelo analfabetismo político, é um salvador da pátria a resolver os problemas da nação. “País que precisa de um salvador não merece ser salvo” é também uma das minhas frases preferidas de Millôr Fernandes.
Cesar Maluf, Rio Preto
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