Cotação do dólar hoje e a Bolsa após discurso de Lula – 11/11/2022 – Mercado – UOL
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Investidores ajustaram suas carteiras nesta sexta-feira (11) na tentativa de achar novos preços para o risco de aplicar dinheiro no mercado de ações brasileiro depois do discurso da véspera do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter sido compreendido pelo mercado como uma defesa do descontrole das contas públicas em nome da necessidade de ampliar gastos com assistência social.
No radar dos analistas está a PEC discutida pela equipe de transição para acomodar gastos acima do teto em 2023 e a expectativa sobre o nome a ser escolhido por Lula para comandar a economia em seu governo.
No exterior, notícias de que a China está dando passos firmes para reduzir as restrições de controle da Covid animaram investidores estrangeiros e isso beneficiou as ações da Vale, uma das empresas com maior peso na composição do mercado brasileiro, além de trazer ganhos para todo o setor de matérias-primas.
Com isso, o dólar comercial à vista caiu 1,31%, a R$ 5,3250, neste pregão. Na semana, porém, houve alta de 5,4%, o que significou o maior avanço semanal da divisa desde maio de 2020, quando a economia foi abalada pela Covid. Ainda assim, a moeda americana acumula queda de 4,5% frente ao real em 2022.
Na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa subiu 2,26%, aos 112.253 pontos. A alta nesta sessão não foi suficiente para compensar uma sequência de tropeços no últimos dias que resultaram em uma queda semanal de 5% do principal índice de ações do país.
As ações da mineradora Vale dispararam 10,40% após o preço do minério de ferro negociado em Singapura, que é um parâmetro para essa mercadoria, subir 3,7%. Reforçando a empolgação no mercado da Ásia, a Bolsa de Hong Kong saltou 7,74%.
A siderúrgica CSN avançou 16,81%, a maior alta da Bolsa brasileira. Também no ramo do aço, a Usiminas ganhou 10,58%. O frigorífico JBS saltou 11,92% e, na mesma prateleira dos exportadores de proteína animal, a Minerva avançou 10,49%.
A Petrobras subiu 3,33%, acompanhando a valorização de 2,29% do petróleo Brent, cujo barril era negociado a US$ 95,96 (R$ 509,01) no início da noite desta sexta.
Essa escalada do setor de matérias-primas no Brasil ganhou força ainda nas primeiras horas do dia, quando a abertura do mercado de ações de Nova York colocou em campo os ainda eufóricos investidores internacionais.
Depois de uma desaceleração da inflação americana que surpreendeu analistas na véspera, o indicador parâmetro de Wall Street subiu 0,92% nesta sexta e fechou a semana com um salto de 5,90%. A Nasdaq, que reúne ações do ramo da tecnologia, disparou 8,10% nesta semana.
“O mercado brasileiro foi bastante apoiado pelas commodities e pelo exterior após dados da inflação dos Estados Unidos, que vieram abaixo do esperado”, comentou Tales Barros, especialista de renda variável da Acqua Vero Investimentos.
Barros disse ainda que o mercado segue bastante atento aos movimentos quanto aos gastos a serem acomodados na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição.
Após pedido de senadores, a apresentação do texto será adiada para a próxima quarta-feira (16), informou nesta sexta o negociador do Orçamento pelo governo de transição, senador eleito Wellington Dias (PT-PI)
Francisco Levy, estrategista-chefe da Empiricus, também atribui a reacomodação do mercado nesta sexta à percepção de que “os bombeiros” já tentam apagar o incêndio e que houve um “corre-corre” para explicar a fala do presidente eleito. “O Lula faz esses discursos mais radicais, mas, na prática, ele é mais ponderado. A gente vai ter que se acostumar a um pouco mais de volatilidade”, disse Levy.
Se por um lado Bolsa e dólar mostraram certo alívio, por outro, os juros continuaram subindo com força. As taxas DI (depósitos interbancários) com vencimento em 2024 saltaram a 13,97% nesta sexta. Há uma semana, esse indicador estava em 12,94%. A alta foi generalizada em todos os contratos de juros com vencimento para os próximos anos.
A abertura das curvas de juros, como esse cenário é chamado no jargão do mercado, indica a desconfiança sobre o compromisso do próximo governo em conter a inflação, segundo Rodrigo Marcatti, economista e presidente da Veedha Investimentos.
“O que não melhorou foram os juros e isso só vai mudar quando houver certeza sobre a política fiscal”, disse Marcatti.
Na quinta-feira (10), o mercado financeiro refletiu o descontentamento de investidores com as críticas feitas por Lula a regras que limitam os gastos públicos.
As declarações do petista tiveram impacto em um ambiente de negócios já prejudicado desde as primeiras horas do dia pela divulgação da inflação de outubro, que acelerou acima do esperado.
O dólar comercial à vista disparou 4,08% e fechou cotado a R$ 5,3960, na venda. Foi a maior elevação percentual diária desde o salto de 4,86% registrado em 16 de março de 2020, no início da pandemia.
O Ibovespa, índice referência da Bolsa de Valores brasileira, tombou 3,35%, aos 109.775 pontos, no maior recuo diário desde setembro de 2021.
“Perplexidade e descrença” foram a palavras de Alex Lima, estrategista-chefe a Guide Investimentos, para descrever a reação do mercado às falas de Lula.
“A conversa com os economistas de plantão é de perplexidade e descrença, pois o discurso de ontem teve um risco retorno assimétrico para a nova administração. Foi um tom eleitoral com uma eleição ganha, numa semana de grande ansiedade sobre a direção econômica do novo governo”, comentou Lima, em seu boletim diário a investidores.
“A mensagem para os mercados foi clara: gasto social é investimento, rubricas são secundárias. Mas ninguém entendeu a estratégia da nova administração até agora. Contrária à expectativa do mercado, a equipe de transição e Lula não moderou o discurso com relação à agenda fiscal”, completou.
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