Cresce resistência a ex-chanceler de Dilma para assumir Itamaraty de Lula – UOL Confere

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Escreve sobre o Poder Judiciário, com ênfase no Supremo Tribunal Federal, desde 2001. Participou da cobertura do mensalão, da Lava-Jato e dos principais julgamentos dos últimos anos. Foi repórter e analista do jornal O Globo (2001-2021) e analista de política da CNN (2022). Teve duas passagens pela revista Época: como repórter (2000-2001) e colunista (2019-2021).
Colunista do UOL
19/11/2022 04h00
Cotado para assumir o Itamaraty no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Mauro Vieira perdeu fôlego na corrida para o cargo. Dentro do Ministério das Relações Exteriores, o diplomata sofre resistência por parte de aliados de Lula. Apesar de ter sido chanceler na gestão de Dilma Rousseff, Vieira é apontado como padrinho de Ernesto Araújo, que comandou a pasta no governo Jair Bolsonaro.
Ernesto Araújo foi subchefe de gabinete de Mauro Vieira no governo Dilma. Vieira também levou Araújo para ser seu número dois quando foi embaixador em Washington. Segundo fontes do Itamaraty, Vieira apadrinhou a promoção de Araújo a embaixador, já no governo Michel Temer.

Mauro Vieira também tem encontrado restrições na ala petista do Itamaraty porque, quando Dilma Rousseff sofreu impeachment, em 2016, ele teria dito a diplomatas que a presidente não fora vítima qualquer tipo de injustiça no processo. Passou a ser visto internamente como uma espécie de traidor da chefe e do governo do qual integrava.
Também tem circulado no Itamaraty uma planilha com o percentual de diplomatas mulheres promovidas durante a gestão de Mauro Vieira no Itamaraty: 17,7%, o menor desde 2000. Uma ala de diplomatas apoiadores de Lula defende a nomeação de uma mulher para comandar o Ministério das Relações Exteriores.
A embaixadora Maria Laura Rocha seria o nome ideal para esse grupo de diplomatas. Ela foi chefe de gabinete de Celso Amorim e, no governo Fernando Henrique, foi chefe de gabinete do embaixador Ronaldo Sardenberg no Ministério da Ciência e Tecnologia. Também foi embaixadora na Unesco, nomeada por Lula, depois embaixadora junto à FAO, nomeada por Dilma.
A briga para a escolha do novo chanceler é protagonizada especialmente por grupos ligados Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Celso Amorim e Fernando Haddad. O cabo de guerra tem se intensificado nas últimas semanas, com a promessa de Lula de escolher seu ministério ainda em novembro. O Itamaraty é tratado como prioridade para o próximo governo, que considera importante recuperar a imagem do Brasil perante a comunidade internacional.
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Carolina Brígido
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