Cristina Serra: Brasil teve quatro anos de promoção da violência como política de Estado – Diário do Centro do Mundo

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Para Cristina Serra, o massacre em Aracruz (SE) e os assassinatos de 14 pessoas durante operações policiais no Rio de Janeiro na última sexta (25) são consequência do governo de Jair Bolsonaro, que promoveu por quatro anos a “distribuição de armas” e a “violência como política de Estado”. Em texto na sua coluna na Folha de S.Paulo, intitulado “A violência que nos dilacera”, a jornalista diz que Lula, presidente eleito, terá a tarefa de “reverter o ambiente de insanidade”.
Ela cita a primeira tragédia em escolas que ocorreu no país, o massacre de Realengo, em 2011, e diz que pelo menos 11 aconteceram depois dela, mas aponta: “há diferenças nas motivações e execução, mas os crimes se assemelham na brutalidade e covardia contra vítimas indefesas”.
O assassino de 16 anos que protagonizou o atentado contra duas escolas do Espírito Santo usava uma suástica nazista na roupa. Para Cristina Serra, isso é “um componente de alarmante gravidade”. Ela cita que o número de grupos neonazistas brasileiros cresceu na deep web, mas aponta que “muitos já saíram da clandestinidade do mundo digital e exibem sua fúria em atos golpistas contra a vitória de Lula”.
Leia trecho da coluna:
(…) O Brasil teve quatro anos de distribuição de armas e de promoção da violência como política de Estado. A tal ponto que um empresário de Mato Grosso se sente à vontade para, em público, convocar gente armada para tumultuar a diplomação do presidente eleito. O governo Lula terá que tirar as instituições da inércia para reverter o ambiente de insanidade que ameaça o país e cada um de nós.

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