Dados da dívida pública, que saem nesta semana, resumem grande desafio da nova gestão Lula – Inteligência Financeira

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A última semana do ano deve ser, como usual, de menos movimento no mercado financeiro. Parte dos investidores está de folga, e não estão programados nem são esperados grandes eventos que possam servir de gatilho para mudança nas expectativas. Mas um grupo de indicadores econômicos que serão divulgados nos próximos dias tem a carga dramática de resumir o grande desafio da terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que começa no dia 1º de janeiro.
São os dados fiscais do governo federal referentes a novembro, que o BC (Banco Central) apresenta no dia 29, o último de expediente bancário no país antes do Ano Novo.


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O BC informa mensalmente o tamanho da dívida pública, em termos absolutos e como proporção do PIB (Produto Interno Bruto), e se o governo gastou menos ou mais do que arrecadou, gerando, respectivamente, superávit e déficit. Nos doze meses encerrados em outubro, o setor público teve um superávit de R$ 173,1 bilhões, o que significa 1,82% do PIB. A dívida bruta do governo geral – que inclui a administração federal, de estados e municípios, além do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) – ficou em R$ 7,3 trilhões, ou 76,8% do PIB, segundo o BC.
Esses indicadores mostram quanto o governo deve em relação ao que o país produz, e, portanto, sinalizam qual é a probabilidade de calote da atual administração.
Quando o governo gasta mais do que arrecada, precisa se financiar no mercado financeiro, emprestando dinheiro dos investidores ao lhes vender títulos do Tesouro Nacional (aqueles que se compra pelo Tesouro Direto). Quanto maior a dúvida em relação à capacidade de o governo honrar seus compromissos, mais os juros precisam subir para convencer os investidores a comprar. A taxa Selic, que é a referência da economia brasileira, está atualmente em 13,75% ao ano. O crescimento das despesas também explica o aumento dos juros de outra maneira: com mais dinheiro na economia, a inflação sobe, e a principal ferramenta com que o BC conta para segurar o aumento de preços é a taxa de juros.
Neste momento, especialistas e investidores estão preocupados com indicações, por parte de Lula, de que controlar os gastos não deve ser sua maior prioridade – a princípio, para poder ampliar a concessão de benefícios sociais.
Ou seja, como diriam nossos avós, o próximo governo pode dar um passo muito maior do que a perna e ser punido pelo mercado por isso. Os mais pessimistas estimam que a relação dívida/PIB poderia chegar a 90% ao final de 2026, o que levaria os juros à estratosfera. Desconfiados, os investidores estrangeiros fugiriam do país, impulsionando o dólar.
Então, quem nunca prestou atenção nos dados fiscais, por achar que esses indicadores não afetam a sua vida cotidiana, deve começar a acompanhar os números mais de perto. Tudo que o govenro Lula disser e fizer nesse departamento tem um grande impacto na vida de cada brasileiro.
Naturalmente, o aumento dos juros favorece as aplicações em renda fixa, tidas como mais seguras. A Bolsa de Valores perde atratividade porque pode não render tanto quanto a renda fixa, a ponto de compensar os maiores riscos que o investidor corre ao comprar ações de companhias abertas. Além disso, os juros pesam muito para as empresas que estão endividadas, prejudicando seus resultados, e ainda desencorajam o aumento do investimento nos negócios.
Jornalista formada pela ECA/USP. Foi correspondente da Folha de S.Paulo em Nova York, repórter da Bloomberg News em São Paulo e editora executiva da EXAME. Já escreveu para O Globo, Época Negócios e GQ Brasil.
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