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Gabriel Liberati, da Sports Network, e Marcelo Hargreaves, da Superliga/CBV, detalham como a base de consumidores pode ser usada para ampliar a conversão e até os praticantes de modalidades
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Valeria Contado
22 de setembro de 2022 – 6h03
Vôlei é um dos esportes que está se aproximando de sua base de dados (Crédito: Reprodução/CBV/Facebook)
Apesar de se tratar de negócios, os esportes carregam um contexto muito voltado à paixão e fidelidade. Ao pensar em times, independentemente da modalidade que esteja em pauta, a conexão emocional é um atrativo que faz com que muitas empresas se conectem e fomentem seus negócios com essa comunidade.
Por esse motivo, ter base engajada faz a diferença. E uma das formas que os clubes e entidades esportivas encontraram é traçar estratégias para avaliar os dados de seus consumidores e promover produtos voltados aos desejos reais dos torcedores.
O fundador da Sports Network, Gabriel Liberati, explica que o torcedor é o cliente que toda empresa gostaria de ter, e, por isso, conhecer os seus hábitos de consumo é extremamente importante. “Não basta apenas conhecer seus torcedores, mas realizar ações que, de fato, representem seus adeptos e ativem o consumo de marca, de produtos ou serviços”, explica.
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Um exemplo disso é o que aconteceu com a Superliga de Vôlei. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou o lançamento de plataforma para a venda de produtos oficiais. Essa iniciativa faz parte de uma série de ações que buscam aproximar o público da modalidade e rejuvenescer a base de fãs.
Conexão e receita
Para os esportes, as receitas de business to business (B2B) são importantes e têm peso parecido com os outros tipos de negócios, como direitos de mídia e patrocínios. Para que esse tipo de investimento dê resultado e desbloqueie outros tipos de receita como pacotes de over the top (OTT), merchandising, licenciamento e programas de fidelidade é preciso estar conectado com os fãs e agir de maneira assertiva.
O gerente de novos negócios Marcelo Hargreaves, da Superliga/CBV, explica que é justamente esse o objetivo da entidade para se aproximar dos torcedores de vôlei. “A partir daí, desenvolvemos nossos produtos de acordo com o comportamento de consumo, e não somente com o perfil demográfico. E buscamos conversão. Não somente em negócios, mas também com o objetivo de gerar mais praticantes para o esporte”, diz.
Com isso, o caminho para começar a trabalhar com essas questões é organizar bem a base de dados. No ambiente de futebol, por exemplo, os clubes conseguem ter essas informações diretamente da base de sócios-torcedores. Desse modo, é possível promover ações especializadas com esses fãs tendo como referência informações demográficas e de idade, entre outros. “É possível personalizar ações para cada perfil de fã, considerando sua localidade, hábitos e preferências. Nesse contexto, o jogo ou a competição passam a ser parte de relação que vai muito além”, avalia Liberati, da Sports Network.
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