Damares Alves: "Bolsonaro deixará a Presidência de cabeça erguida" – Metrópoles

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Observadora do cenário político do DF, lança luz nos bastidores do poder na capital.
31/10/2022 12:02, atualizado 31/10/2022 12:02
Uma das aliadas mais próximas de Jair Bolsonaro (PL), a senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), disse que o atual chefe do Executivo federal deixará a Presidência da República, em janeiro de 2023, “de cabeça erguida”.
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“Perdemos uma eleição, mas não perdemos o amor pelo nosso país. Bolsonaro deixará a Presidência da República, em janeiro, de cabeça erguida, com a certeza de dever cumprido e amado por milhões de brasileiros”, escreveu, no Twitter.
Até o início da tarde desta segunda-feira (31/10), no entanto, o próprio presidente não havia feito nenhum pronunciamento, após o resultado das urnas, que deu a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a vitória. Após 13 anos, Lula assumirá o Palácio do Planalto em 1º de janeiro, pela terceira vez.
 

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— Damares Alves (@DamaresAlves) October 31, 2022

Damares Regina Alves, nascida em 1964, é uma política, advogada e pastora evangélica. Natural de Paranaguá, no Paraná, foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, de 2019 a 2022Andressa Anholete / Correspondente/ Getty Images
Apesar de ter nascido no Sul do Brasil, Damares cresceu em vários estados do nordeste, como Bahia, Sergipe e Alagoas. Isso porque a política e a família acompanhavam o pai, que era pastor, quando ele precisava ministrar em outros locais do paísRafaela Feliciano/Metrópoles
Após completar a escola, Damares cursou pedagogia e passou a dar aulas para crianças. Durante esse período, e seguindo os passos do pai, se tornou pastora e passou a trabalhar com causas sociais no Movimento Nacional Meninas e Meninos de RuaMichael Melo/Metrópoles
Tempos depois, se formou em direito e começou a trabalhar na Secretaria Municipal de Turismo. Em 1995, filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB) e, mais tarde, se mudou para Brasília e assumiu o cargo de assessora parlamentar do tio, o também político Josué BengtsonFlickr/MMFDH
Após obter experiência no cargo, foi assessora parlamentar de quase uma dezena de outros deputados que compõem a bancada evangélica. Atuou ainda como assessora jurídica da Câmara dos Deputados, por mais de 20 anos, até ser convidada por Bolsonaro para assumir o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos humanos, no fim de 2018Michael Melo/Metrópoles
Damares é mãe adotiva de Lulu Kamayurá, jovem Kamayurá do Parque Indígena do Xingu. Essa, na verdade, foi uma das primeiras polêmicas envolvendo a política. Segundo parentes biológicos de Lulu, a menina foi levada sem permissão dos progenitores. No entanto, Damares negou a versão, apesar de ter admitido que a adoção não foi formalRaquel Felicciano/Metrópoles
Ao lado de Henrique Afonso (PT-AC, na época, do PV), Damares trabalhou pela aprovação do projeto de lei que previa o combate ao infanticídio em áreas indígenas, pela aprovação da “cura gay” e do Estatuto do Nascituro Andre Borges/Esp. Metrópoles
Além de toda a trajetória conservadora, Damares ganhou apoiadores no meio evangélico após vídeos em que ela discursa contra a “teoria feminista de gênero”, denuncia supostos “teor esquerdista” em livros escolares e prega a favor “da família tradicional brasileira” viralizar nas redes sociaisWillian Meira/MMFDH
Após a posse de Bolsonaro, em 2019, um vídeo em que a política comemora a vitória do atual presidente gerou outra polêmica. Nas imagens, ela fala que uma “nova era” havia começado e que a partir de então “meninos vestiriam azul e meninas vestiriam rosa”Igo Estrela/Metrópoles
E não para por aí. Durante uma entrevista que deu ao portal Fé em Jesus, Damares negou a teoria evolucionista e disse que “a igreja evangélica perdeu o espaço na história e na ciência por permitir o ensino do evolucionismo nos ambientes escolares”Willian Meira/MMFDH
Durante o período de isolamento social devido a pandemia da Covid-19, Damares disse que o Brasil vivia, à época, “a maior violação de direitos humanos da história do país nos últimos 30 anos”. Afirmou ainda que o ministério dela começaria a jogar pesado com prefeitos e governadores por isso. Como consequência, se tornou alvo de notícia-crime enviada ao STFIgo Estrela/Metrópoles
Em 2020, a política teria agido para impedir o aborto legal de uma menina de 10 anos, que engravidou após sucessivos estupros praticados pelo tio, no Espírito Santo. O caso ganhou projeção nacionalRegis Velasquez/Especial Metrópoles

Em ato com apoiadores ainda na noite desse domingo (30/10), Lula disse que precisa saber se Bolsonaro permitirá que “haja uma transição” de governo nos próximos dois meses.
“Eu gostaria de estar só alegre, mas eu estou metade alegre e metade preocupado, porque, a partir de amanhã, eu tenho que começar a me preocupar como é que a gente vai governar este país. Preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição para que a gente tome conhecimento das coisas”, declarou.
“Eu talvez tire dois dias para descansar e depois vou começar a trabalhar porque eu já fui presidente, já ganhei a primeira e de todas as vitórias que eu tive, esta é a vitória mais consagradora porque nós derrotamos o fascismo”, disse. “O povo vai poder sorrir outra vez.”
O novo mandatário venceu Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (30/10). A vitória foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, com 98,81% das urnas apuradas, quando o petista tinha 50,83% dos votos válidos (59.563.912), e Bolsonaro, 49,17% (57.627.462).

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