Decano da cobertura do STF, Luiz Orlando Carneiro morre aos 84 … – JOTA
Despedida ao decano
Antes de cobrir a Corte pelo JOTA, Carneiro, um dos maiores especialistas em jazz do país, fez carreira no Jornal do Brasil
Aos 84 anos de idade, o jornalista Luiz Orlando Carneiro, decano da cobertura do Supremo Tribunal Federal (STF), tinha mais energia — e ansiedade para ver suas reportagens publicadas com destaque — do que muitos repórteres em início de carreira. Quando o noticiário estava mais movimentado, costumava entregar 4 ou 5 matérias no mesmo dia. E se o editor demorasse a publicá-las, poderia ter certeza de que o telefone em breve tocaria com um pedido, sempre muito educado, para que a reportagem dele fosse priorizada.
Luiz Orlando Carneiro, chamado carinhosamente pelos colegas de Luiz O., exerceu o ofício com dedicação religiosa. Só se aposentou há duas semanas em razão de problemas de saúde e pediu que não se comentasse nada sobre sua saída (recusava qualquer comentário sobre uma homenagem). Era apaixonado pela profissão — paixão em patamar inferior apenas à por sua mulher, Branca, falecida em 2016, e talvez equiparável ao ritmo que explorava em suas colunas jornalísticas: o jazz.
“Luiz O. era um repórter muito dedicado e um analista muito acurado do Supremo. Pelo seu conhecimento histórico, pela sua formação jurídica e pela forma que apresentava os julgamentos e decisões, sempre dando foco para os argumentos e fundamentos jurídicos”, lembrou Felipe Recondo, diretor de Conteúdo do JOTA. “Luiz O. foi um pioneiro no noticiário jurídico, escrevendo colunas no JB e depois apresentando em detalhes os julgamentos do STF aos leitores num tempo em que o tribunal ainda não se comunicava com a sociedade”, acrescentou.
A relação de Carneiro com o jornalismo se iniciou em outubro de 1958, quando ele começou a trabalhar como repórter-estagiário no Jornal do Brasil, periódico mais importante do país na época.
“Foi uma inspiração para gerações de jornalistas que tiveram o privilégio de conviver com ele. Paciente, tratava todos com respeito e seriedade. Contava histórias, convidava os novos amigos para ir em sua casa ouvir e aprender sobre Jazz. Fazia desenhos – que já foram expostos mais de uma vez, sobre a temática musical que amava, inspirado em capas de discos e presenteava amigos com sua arte! Não raro, corrigia os erros jurídicos que os jovens repórteres, sem formação, costumam fazer em início de carreira”, disse Felipe Seligman, sócio-fundador e co-CEO do JOTA.
Como falava inglês e francês, foi escalado para fazer a cobertura do aeroporto do Galeão, onde desembarcavam diversas autoridades na até então capital do país.
De agosto de agosto de 1959 a 1963, foi responsável pela cobertura do Itamaraty, período em que fez diversas viagens internacionais. Depois, assumiu a subchefia de reportagem do jornal.
“Com tristeza, manifesto sinceros sentimentos pela perda do excepcional jornalista Luiz Orlando Carneiro. Retratou o Supremo Tribunal Federal diariamente por quase três décadas, sempre com respeito à Corte e seus integrantes, levando a informação correta aos brasileiros. Em nome da Suprema Corte, registro que o jornalismo perde uma grande referência e um profissional que sempre será exemplo para as próximas gerações”, disse a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber
Em 1965, participou da fundação do Clube de Jazz e Bossa, junto com Jorge Guinle, Ricardo Cravo Albin, Ary Vasconcelos, Sérgio Porto, Vinicius de Moraes e Tom Jobim. O clube de Jazz e Bossa organizou jam sessions semanais, além de homenagens a músicos importante, até 1967.
No jornalismo, Luiz O fez carreira no Jornal do Brasil. Foi chefe de reportagem (1964-1969), editor de notícias (1969-1974), chefe da redação (1974-1979), chefe da sucursal em Brasília e diretor-regional (1979-1992).
Luiz O contava que às vésperas da eleição de Tancredo Neves, o jornal organizou um jantar para o presidente eleito em sua casa, onde compareceram mais de 300 pessoas. Em cargos de chefia ou na reportagem, Carneiro nunca deixou de escrever colunas e textos sobre jazz.
“Luiz Orlando Carneiro contribuiu para a divulgação das decisões do Poder Judiciário, especialmente do Supremo Tribunal Federal, quando esta cobertura ainda estava começando. Seu zelo pela técnica e pela argumentação jurídica tornavam sua cobertura diferenciada e importante para levar ao leitor a informação precisa sobre o que o STF e outros tribunais decidiam”, disse a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça.
Em 1992, ainda no Jornal do Brasil, decidiu voltar a ser repórter para cobrir o STF, já que havia percebido que com a Constituição de 1988, o tribunal se tornaria um ator muito mais relevante na República.
Ninguém no país cobriu STF por tanto tempo quanto Luiz Orlando Carneiro. Quando completou 50 anos de jornalismo, em outubro de 2008, o ministro Gilmar Mendes, então presidente do STF, foi pessoalmente ao comitê de imprensa para cumprimentá-lo e condecorá-lo com uma medalha de ouro que a Corte costuma entregar apenas a autoridades estrangeiras que visitam a Casa. “Luiz Orlando é um exemplo para todos nós”, afirmou Mendes na ocasião.
Dez anos depois, Luiz O. foi novamente homenageado pelos ministros do STF, que cumprimentaram-no pelos 80 anos de idade e 60 anos de jornalismo. O então presidente da Corte, Antonio Dias Toffoli, e os ministros Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes foram até o comitê de imprensa cumprimentar o jornalista. “É um exemplo para todos nós. É uma alegria estar aqui nos seus 80 anos”, disse Toffoli na ocasião.
Luiz Orlando Carneiro foi o primeiro repórter a ser contratado pelo JOTA, no ano da fundação da empresa, em 2014. Trabalhou com afinco, sempre buscando notícias exclusivas, principalmente relacionadas a ações constitucionais, até os últimos dias de dezembro de 2022. No período, publicou 3.332 textos, uma média de 416 a cada ano, ou 1,65 texto por dia útil. Quod abundat non nocet [o que abunda não prejudica], costumava repetir e citar que o brocardo era sempre usado por seu pai, que foi desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
Luiz O. era presença diária no comitê de imprensa do STF, mesmo que pudesse fazer sua cobertura de casa. Dizia, citando Jorge Luis Borges, que a rotina de trabalho lhe dava a ideia de eternidade.
O pai de Luiz O. desejava que o filho seguisse a carreira jurídica. Em 1963, Carneiro formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara — que anos mais tarde se tornou a UERJ –, mas o jornalismo já o havia conquistado.
Além de milhares de reportagens, Luiz Orlando Carneiro é autor dos livros Jazz: Uma Introdução (1982); Obras-Primas do Jazz (1986); Elas Também Tocam Jazz (1989); A Nova Constituição para Crianças (1989), em coautoria com Inês Carneiro Cavalcanti; e Entrevistas Imaginárias (2017). Também é o autor do Guia de Jazz em CD (2000) e foi ele quem escreveu os verbetes sobre jazz das enciclopédias Delta-Larrousse e Mirador.
Luiz O deixa as filhas Inês, Lúcia e Teresa; o filho Paulo; 5 netos e 2 bisnetos.
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber disse: “com tristeza, manifesto sinceros sentimentos pela perda do excepcional jornalista Luiz Orlando Carneiro. Retratou o Supremo Tribunal Federal diariamente por quase três décadas, sempre com respeito à Corte e seus integrantes, levando a informação correta aos brasileiros. Em nome da Suprema Corte, registro que o jornalismo perde uma grande referência e um profissional que sempre será exemplo para as próximas gerações”.
O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, registrou “com imenso pesar o falecimento de Luiz Orlando Carneiro. O decano da cobertura jornalística do Supremo Tribunal Federal foi também o inventor dessa atividade. Seu uso elegante do vernáculo, o domínio do campo jurídico e a assertividade na análise vão fazer muita falta ao jornalismo. Sua personalidade afável, o largo conhecimento humanístico e a sofisticada cultura jazzística, farão mais falta ainda ao Brasil”.
“Conheci Luiz Orlando Carneiro quando ele estava na direção do Jornal do Brasil e o encontrei algumas vezes na cobertura jornalística diária do Supremo Tribunal Federal. Luiz Orlando tinha duas virtudes que dignificam o jornalismo: integridade e isenção. Gentil e respeitoso, retratou a atuação do Supremo Tribunal Federal sempre comprometido com a verdade. Uma grande perda para o jornalismo, para o Supremo e para o Brasil”, afirmou o ministro Luís Roberto Barroso, do STF
“É com grande tristeza que recebo a notícia do falecimento de Luiz Orlando Carneiro, nosso querido decano dos setoristas do STF. Tive a alegria de acompanhar o seu trabalho desde 1995, quando vim para Brasília, e grande parte dos seus quase 30 anos de cobertura jornalística da nossa Suprema Corte. Com seu jeito sereno e reputação profissional séria, Luiz Orlando sempre foi muito querido por todos, ministros, colegas de profissão e servidores da Corte, e deixará enormes saudades entre seus familiares e muitos amigos”, disse o ministro do STF Dias Toffoli.
“Manifesto meus sinceros sentimentos pela partida do grande jornalista Luiz Orlando Carneiro. Realizou a cobertura jornalística diária do Supremo Tribunal Federal por 30 anos com profissionalismo, isenção e seriedade. Perda irreparável para o jornalismo e para o Brasil, deixa um grande exemplo para a profissão”, disse o ministro do STF Luiz Fux.
“Lamento a perda de Luiz Orlando Carneiro, jornalista que exerceu o ofício com dedicação à profissão e acurácia no trato com a notícia. As quase três décadas de sua trajetória dedicadas a retratar o Supremo Tribunal Federal foram de trabalho, respeito e integridade. Fica, para as novas gerações da imprensa, o exemplo de quem soube cumprir a vida”, disse o ministro Luís Edson Fachin.
“A imprensa brasileira e, em especial o STF, são devedores da competência, inteligência e seriedade de Luiz Orlando Carneiro, que em 30 anos de cobertura jornalística da Corte estabeleceu um importante paradigma de atuação junto aos Tribunais. Meus sentimentos à família e aos amigos”, disse Alexandre de Moraes, ministro do STF
“Meus mais profundos sentimentos aos familiares e amigos do grande jornalista Luiz Orlando Carneiro. Rogo para que Deus os abençoe e que as sementes do seu trabalho continuem a inspirar o bom jornalismo, indispensável à nossa democracia”, disse o ministro André Mendonça, do STF
“Registro com imenso pesar o falecimento do jornalista Luiz Orlando Carneiro, que acompanhava o funcionamento diário do Supremo Tribunal Federal e do Poder Judiciário nas últimas décadas. Um dos jornalistas com mais tempo de profissão em Brasília, escrevia com propriedade e competência sobre as questões do direito. Deixo meus sinceros sentimentos aos amigos e familiares”, disse o ministro Nunes Marques, do STF.
O ministro que virou o símbolo do decanato do STF, Celso de Mello, se manifestou sobre Luiz Orlando Carneiro com a seguinte mensagem:
Tive o privilégio de conhecer o saudoso Jornalista (e grande conhecedor e autor de livros sobre jazz) LUIZ ORLANDO CARNEIRO, de admirável atuação profissional, como o atestam as excelentes matérias que publicava sobre o Poder Judiciário em geral e, especialmente, sobre os julgamentos do Supremo Tribunal Federal !
Era notável o conhecimento que revelava sobre nossa Suprema Corte, sendo digno de destaque o modo como redigia suas matérias e transmitia ao seu leitor , com clareza e correção, os intrincados debates que se processavam no curso dos julgamentos do STF !
Quando presidi o Supremo Tribunal Federal, tive maior contato com ele ! E não me cansava de reconhecer, de um lado, o seu domínio das matérias sobre as quais desenvolvia seu pensamento e formulava suas indagações e, de outro, a maneira precisa e clara com que abordava os temas julgados e os expunha , com segurança, ao seu público leitor !
Lamento, profundamente, o falecimento de Luiz Orlando Carneiro, decano da cobertura jornalística do STF (e do Judiciário em geral) e referência notável para as presentes e futuras gerações de profissionais de imprensa que se dedicam ao jornalismo jurídico!
Com ele, encerra-se um capítulo importante na história do jornalismo jurídico!
Os grandes jornalistas, contudo, não se vão nem desaparecem, pois eternizam-se, pelo valor de seu trabalho e pelo reconhecimento de sua integridade profissional, na memória e no respeito de todos os seus colegas , amigos e leitores !!!
“Luiz Orlando Carneiro, um jornalista da estirpe de Carlos Castello Branco e de Carlos Chagas, teve o domínio absoluto da cobertura do Supremo durante anos sombrios e anos de bonança. Ninguém como ele se fez tanto respeitar, pelo talento, e estimar, pela fidalguia, naquela casa — que deveria, imagino, deixar de lado por um instante as refregas, internas e externas, e fazer seu luto”, afirmou Francisco Rezek, ministro aposentado do STF.
“Luiz Orlando: ser humano que sabia o que era ser… humano. Jornalista exemplar. Nome pra gente guardar com toda reverência, toda gratidão e eterna saudade”, disse o ministro aposentado do STF Carlos Ayres Britto.
“Um legado de postura jornalística. Sempre elegante e respeitoso, conferindo informações obtidas. Luiz Orlando Carneiro fez-se merecedor de admiração”, disse Marco Aurélio Mello.
“A morte de Luiz Orlando nos entristece. Notável jornalista, sabia escrever, sabia noticiar, sabia comandar redações. E toda as suas ações com base na ética. Vai fazer falta, disse o ministro aposentado do STF Carlos Velloso.
“Eu, que advoguei no Supremo desde o primeiro ano de formado, tenho Luiz Orlando como uma lembrança de todo esse período até eu ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Um jornalista que acima de tudo era uma pessoa cordial e cuja morte eu lamento com essa minha saudade que se materializa nessa lembrança que eu tenho desse pioneiro na cobertura de todo este tempo de Supremo Tribunal Federal,” declarou Sepúlveda Pertence.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgou uma nota de pesar intitulada “Luiz Orlando Carneiro, uma lição inspiradora”:
O jornalista Luiz Orlando Carneiro, falecido nesta quarta-feira, 11 de janeiro, foi um exemplo de dedicação, competência e seriedade profissional. Decano da cobertura do Poder Judiciário em Brasília, levou ao grande público as decisões das cortes superiores, especialmente do Supremo Tribunal Federal, numa época em que os jornais pouco se ocupavam com essa área – e, assim, ao longo de três décadas, foi testemunha e protagonista das transformações que colocaram a Justiça na pauta diária da imprensa nacional.
Conhecido pelo domínio do Direito e por uma gentileza invulgar no trato com as pessoas – de ministros a colegas neófitos no jornalismo jurídico –, Luiz Orlando deixa uma lição de vida inspiradora para todos nós.
A presidente da Corte , ministra Maria Thereza de Assis Moura, afirmou que “Luiz Orlando Carneiro contribuiu para a divulgação das decisões do Poder Judiciário, especialmente do Supremo Tribunal Federal, quando esta cobertura ainda estava começando. Seu zelo pela técnica e pela argumentação jurídica tornavam sua cobertura diferenciada e importante para levar ao leitor a informação precisa sobre o que o STF e outros tribunais decidiam”.
“Luiz Orlando era um príncipe. Embora pequeno na estatura, era um gigante na profissão. Eu convivi um bom tempo com ele, que é praticamente o idealizador dessa cobertura do setorista do Poder Judiciário. Eu era um jovem juiz quando essa grande revolução do Judiciário começou. Luiz Orlando colocou luz neste campo, e ajudou a sociedade a compreender este novo fenômeno da judicialização da vida brasileira”, disse o ministro do STJ Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça.
“A OAB recebe com pesar a notícia do falecimento do jornalista Luiz Orlando, que atuava pelo portal JOTA. Ao longo de 64 anos de profissão, prestou grande contribuição para a difusão do direito e dos valores da Constituição. Neste momento difícil, manifestamos nosso pesar e solidariedade à família e aos amigos do jornalista”, disse o presidente da OAB, Beto Simonetti
O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que recebeu “com pesar a notícia do falecimento do jornalista Luiz Orlando Carneiro. Profissional respeitado e admirado pelos colegas de profissão e por toda a comunidade jurídica, sempre se pautou pela elegância e cortesia no trato com suas fontes de informação e com todos os que tiveram a sorte de com ele conviver. Manifesto meus sinceros sentimentos a todos familiares e amigos”.
Antonio Fernando de Souza, ex-procurador-geral da República, afirmou: “Notícia muito triste para os amigos e para o jornalismo brasileiro. Luiz Orlando era uma pessoa ímpar, sua conduta como cidadão e jornalista, pela retidão moral e competência profissional, deve servir de exemplo a todos. Sua cultura enciclopédica e a sua habilidade em analisar os acontecimentos e divulgá-los, com precisão e completude, fará muita falta. Será sempre um dos grandes da imprensa brasileira”.
“Luiz Orlando Carneiro foi chefe de reportagem excelente e foi também o mais preparado repórter na cobertura de política externa. Eu o conheci quando era estagiário e fiz matéria no Itamaraty , na época dirigido pelo poeta Agusto Frederico Schmidt. Luiz Orlando foi um dos maiores críticos de jazz da imprensa brasileira. Ele amava a música e se dedicava de coração. Há 15 dias, encontrei sua filha na GloboNews de Brasília e me recordei dele. Grande perda. Meu abraço à família”, disse o jornalista e ex-deputado Fernando Gabeira.
“Convivi mais de uma década com Luiz Orlando Carneiro na cobertura diária do Supremo Tribunal Federal. Era sempre prazeroso ouvir suas histórias e lembranças – como jornalista que cobria o Itamaraty, como chefe da redação do Jornal do Brasil e depois como especialista na cobertura do Poder Judiciário. Compartilhava, ensinava – um figura inigualável no jornalismo e no STF. Sorte a minha poder guardar valiosas contribuições dele para o mundo: cinco quadros assinados por Luiz Orlando Carneiro, com a temática do jazz – uma de suas paixões: o primeiro pintado em 1981, outro de 1990, um de 2009 e dois de 2014. Relíquias que me farão sempre lembrar do profissionalismo e da amizade. Mestre Luiz O. deixará muita saudade”, disse Mariana Oliveira, secretária de Comunicação Social do STF.
“Craque nas notícias do Judiciário e na adoração ao jazz. Luiz O. vai fazer muita falta. Descanse em paz ao lado da saudosa Branquinha”, desejou Irineu Tamanini, ex-secretário de comunicação do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral.
Os servidores e colaboradores da Secretaria de Comunicação Social do STF também emitiram uma nota em homenagem a Luiz Orlando Carneiro:
Servidores e colaboradores da Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal manifestam profundo pesar e imensa tristeza pelo falecimento do jornalista Luiz Orlando Carneiro, que atuou por 30 anos reportando e retratando o trabalho da Corte – primeiro pelo Jornal do Brasil e, depois, pelo site jurídico JOTA.
De semblante tranquilo e voz serena, compartilhava experiências e conhecimento com jornalistas novatos, outros mais experimentados, ministros, servidores, sempre com elegância e paciência – generosidade que jamais será esquecida. Também formado em direito, era considerado como o decano do jornalismo jurídico em Brasília.
Aos 80 anos, o jornalista continuava acompanhando diariamente os julgamentos e decisões, trocando ideias com os colegas, buscando informações sobre processos. Apaixonado por jazz, tinha sempre dicas e sugestões de bandas ou de músicas. Também era um artista: fazia quadros retratando sua paixão pelo jazz.
Referência para o jornalismo e para a comunicação institucional, sua partida deixa uma lacuna na Suprema Corte brasileira.
Luis Henrique Borrozzino, em nome de todos os sócios do M3BS Advogados, afirmou que “Luiz Orlando foi uma referência do jornalismo jurídico, transmitindo notícias delicadas e muitas vezes controversas de maneira clara e simples. Fará muita falta”.
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Kalleo Coura – Editor executivo em São Paulo. Responsável pela coordenação da cobertura do JOTA. Antes, trabalhou por oito anos na revista VEJA, onde foi repórter de Brasil, correspondente na Amazônia, baseado em Belém, e no Nordeste, com escritório no Recife. Email: [email protected]
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Tags Jornalismo jotaflash Justiça Luiz Orlando Carneiro STF
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