Decisão de Gilmar Mendes enfraquece grupo oposicionista da Câmara, que já espera vitória de Policarpo no STF – Jornal Opção

11/12/2022
11 dezembro 2022 às 00h09
Na mesma sexta-feira em que a Croácia tirou o sonho do hexa do Brasil, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um banho de água fria no pequeno grupo oposicionista que tenta tomar a presidência da Câmara de Goiânia do vereador Romário Policarpo (Patriota). Já nas primeiras horas do dia, quem conversou ou esteve com integrantes da turma que quer o comando do Legislativo da capital notou o indisfarçável clima de apatia e de prenúncio de derrota.
Na madrugada de sexta-feira, 9, Gilmar Mendes apresentou seu parecer ao pedido de vista da ação que questiona a legalidade da eleição do presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Junior, para o terceiro mandato consecutivo à frente da mesa diretora do Legislativo. Em seu voto, o ministro do Supremo afirmou que “a reeleição do vereador é a primeira (e única) após o marco temporal de 7 de janeiro de 2021.”
O marco temporal foi estabelecido na análise do mérito da Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) e não só afirma que a reeleição de Geraldo Junior é legal como abre a possibilidade de ele disputar mais uma vez a presidência da Câmara de Salvador. A situação dele é idêntica à de Policarpo, que se elegeu antecipadamente para o terceiro biênio e, pelo marco temporal, também teve suas duas eleições para a Mesa da Câmara de Goiânia realizadas antes de 7 de janeiro de 2021 – a primeira foi em dezembro de 2018 e a segunda, em 1º de janeiro de 2021.
A ADPF, que seria atribuída ao empresário Carlos Cachoeira (condenado por diversos crimes na Operação Monte Carlo), abriu caminho para que um grupo de vereadores começasse a se articular para a disputa pela Mesa caso a ação prospere no Supremo. As articulações têm à frente os vereadores Ronilson Reis (Brasil 35) e Leandro Sena (Avante) e se resumem a 8 vereadores.
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