Deputado português chama Lula de 'bandido' e é repreendido por líder do Parlamento – Opera Mundi

0
433

Brasil de Fato Brasil de Fato
São Paulo (Brasil)
2023-01-14T20:25:00.000Z
Durante audiência do Parlamento de Portugal, na última sexta-feira (13/01), o deputado André Ventura, presidente do Chega, partido de extrema-direita português, chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “bandido” e foi repreendido pelo deputado Augusto Santos Silva, que preside a casa.
“Essa é uma expressão ofensiva, em relação a um presidente de uma nação muito amiga de Portugal. Portanto, ao brilho do regimento, sou obrigado a pedir que não use essa expressão se referindo ao presidente do Brasil”.
Em seguida, Ventura tentou insistir no desrespeito, que pode, inclusive, gerar um incidente diplomático entre os dois países. “É difícil dirigir-nos ao presidente do Brasil de outra forma”, afirmou o líder da extrema-direita portuguesa, que foi vaiado e recebeu gritos de alerta dos demais parlamentares.
Deputado português chama Lula de “bandido” e é repreendido por líder do Parlamento

André Ventura é presidente do Chega, partido de extrema direita. Ao chamar Lula de “bandido”, ele foi vaiado e recebeu gritos de alerta dos demais parlamentares.

Leia: https://t.co/o2a8OM6ncC pic.twitter.com/e19IGz8abn
Ventura é próximo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que abandonou o país em 30 de dezembro do ano passado.
A ofensa a Lula surgiu quando Ventura manifestava seu apoio aos atos golpistas do último domingo (08/01), no Brasil. “Nós compreendemos perfeitamente a fúria e a angústia de milhões de brasileiros ao verem seu país governado, e eu peço desculpas às autoridades brasileiras acreditadas em Portugal, por um bandido”.
Vice-líder do Parlamento português, o deputado Pedro Delgado Alves, do Partido Socialista criticou Ventura. “Não há como dizer que compreende as razões de quem sobe a rampa do Palácio do Planalto para invadir as instituições brasileiras, ignorando o Estado de Direito, o resultado das eleições e a forma como em democracia se resolvem diferenças e dilemas”.
A deputada Joana Mortagua, do Bloco de Esquerda, foi ainda mais dura com Ventura. “A razão é apenas uma, não reconhecer o resultado do pleito eleitoral, não reconhecer que Jair Bolsonaro perdeu e Lula da Silva é o presidente democrático eleito do Brasil. Sabemos bem que a extrema-direita ganha nas urnas ou apela para a violência. Sabemos bem que o discurso ao ódio de Bolsonaro foi apoiado pela extrema-direita de Portugal”.
(*) Com informações do Brasil de Fato
Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.
Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!
Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.
São Paulo (Brasil)
2023-01-16T13:45:00.000Z
A cidade italiana de Florença teve, no último domingo (15/01), uma manifestação "em defesa da democracia no Brasil" na praça Sant'Ambrogio, em resposta aos atos golpistas ocorridos em Brasília há uma semana.
Organizada pelo grupo Cittadini Brasiliani Antifascisti in Toscana, a ação contou com o apoio da Casa dos Direitos dos Povos e do Centro de Estudos da América Latina. 
Também participaram do ato representantes de um dos maiores sindicatos da Itália, a Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), que recentemente fez uma manifestação semelhante em Roma.
"O que está acontecendo no Brasil é o último dos ataques perpetrados contra as instituições, ao meio ambiente, à nação e ao povo brasileiro. Por seis anos, nós vivemos a devastação do nosso país com angústia e não estamos mais dispostos a ficar quietos, nem apenas suportar o que está acontecendo", diz documento redigido pelos organizadores.
Eles também ressaltaram que lutarão "sem medo pela defesa da democracia sancionada pelo voto legítimo e democrático das eleições".
"Para a Europa e aos EUA, pedimos que os sujeitos que estão sendo acusados de coisas gravíssimas, a partir do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, não encontrem apoio de nenhum tipo de governos democráticos", apontaram ainda, falando sobre o processo de cidadania italiana, pedidos por Carlos e Flávio Bolsonaro. 
(*) Com Ansa.
Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.
Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!
Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.
Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo – SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

source

Leave a reply