'Derrotamos um presidente, mas ainda não derrotamos o fascismo', diz Lula – UOL Confere

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Do UOL, em Brasília, e colaboração para o UOL, em Maceió
31/01/2023 12h21
O presidente Lula (PT) voltou a afirmar hoje que a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não significa a “derrota do fascismo” no Brasil. O petista participou hoje de cerimônia para a assinatura de decretos que criam instrumentos para a participação social no governo.
Com o salão nobre do Palácio do Planalto lotado de movimentos sociais, Lula fez duras críticas à antiga gestão, falando em abandono de áreas sociais, do meio ambiente e da proteção à Amazônia e dos povos indígenas e reclamou mais uma vez que ainda não conseguiu se mudar para o Palácio da Alvorada —em tom que lembrou a campanha eleitoral.

Respeito tanto os aplausos quanto as vaias. Mas não podemos respeitar a ignorância dos fascistas que estão nas ruas e querendo depredar o que é do povo brasileiro.
Lula, a movimentos sociais
‘Sou um sem-casa’. Em seu discurso, Lula reiterou que ainda está sem residência oficial para morar com a esposa, a primeira-dama Rosângela da Silva, e afirmou que o casal, e seus dois cachorros, estão há mais de 45 dias morando em hotel, devido a condições insalubres deixadas por Bolsonaro no Palácio do Alvorada.
Na verdade, sou um sem-casa, sem-palácio. Vocês precisam ajudar a reivindicar o direito de onde eu morar, porque já faz mais de 45 dias que eu, Janja, e duas cachorras moramos em hotel, à espera que liberem o Palácio do Alvorada, porque o cidadão que estava morando lá, não tinha disposição de cuidar daquilo. Nem cama a gente encontrou no quarto presidencial.
Lula, a movimentos sociais
Yanomamis. Ao falar sobre a situação vivenciada pelos indígenas yanomamis, o presidente disse que, ao visitar Roraima, presenciou uma “desgraceira” porque esses povos estão “abandonados” pelo Estado.
Por isso, ressaltou, o governo federal assinou decreto para retirar os garimpeiros das terras indígenas a fim de combater a invasão ilegal desses territórios para a exploração de ouro.
“Estamos num processo de reconstrução desse país. Construir uma reforma é mais difícil que construir uma coisa nova. Quase tudo que foi feito estava destruído”, completou.
Sem anistia. Antes de Lula falar, representantes dos movimentos sociais fizeram falas voltadas às dificuldades enfrentadas durante os anos Bolsonaro.
Gritos de “sem anistia” tomaram as falas, em referência a uma possível responsabilização do ex-presidente na calamidade do povo yanomami.
Nenhum golpista deve ser anistiado!”
Simone Nascimento, coordenadora do Movimento Negro Unificado
Evento lembrou a campanha eleitoral petista. No salão nobre do Palácio do Planalto, integrantes de movimentos sociais balançavam bandeiras e gritavam palavras de ordem, cantavam musiquinhas de apoio a lutas sociais —chegaram até a readaptar o grito “Brasil, urgente! Lula já é presidente!”.
O Hino Nacional teve interpretação artística, como em todos os eventos eleitorais de Lula no ano passado, e a música “Ordem e Progresso”, homenagem ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) famosa na voz de Beth Carvalho, foi tocada no trompete.
Após o Hino Nacional, o evento fez uma homenagem à antropóloga Adriana Dias, uma das maiores pesquisadoras sobre neonazismo no Brasil, que compôs o grupo de transição do governo.
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