Dica de literatura boleira: "O time que nunca seria campeão", que … – Trivela

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O Campeonato Brasileiro de 2002 serve de rito de passagem ao futebol nacional, dos mata-matas aos pontos corridos. Mais importante, para o torcedor santista, é o momento em que finalmente as glórias do clube reverenciado em todo o mundo estavam resgatadas. A fila se extinguia, os Meninos da Vila ofereciam uma nova garotada para se empolgar. Gerações de torcedores, enfim, voltavam a presenciar a grandeza do Santos honrada com uma nova taça.
A história daquela campanha é recontada, 20 anos depois, através do livro “O time que nunca seria campeão”, do jornalista Alex Sabino. A publicação da Dolores Editora caminha entre “a pena do jornalista e as tintas do torcedor”, como define o prefácio. Abaixo, a sinopse presente no site da Dolores. Para comprar a publicação, clique aqui. O livro estará em pré-venda, com preço promocional, até 15 de janeiro.
No dia dos 20 anos do título brasileiro do 🐳 Santos ⚪️⚫️⚪️ das pedaladas 🚲 , dos meninos da vila de 2002, nada melhor do que a obra de @alexsabino pra comemorar 🏆 E antes que você torça o nariz: não, não são só os santistas que vão curtir 😜 Vai no link na bio pra conhecer 📲 pic.twitter.com/roGu1nAqFB
— Dolores Editora (@dolores_editora) December 15, 2022

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“O Santos percorria o 18º ano de fila. Os cofres estavam vazios e as dívidas só aumentavam. Teria as faculdades mentais colocadas em xeque o sujeito que dissesse àquela altura que a primeira taça nacional em mais de 30 anos estava a caminho”.
“O roteiro dessa história improvável ganha frescor com a reedição comemorativa dos 20 anos do título de 2002. Parafraseando Machado de Assis, é uma obra escrita com a pena do jornalista e as tintas do torcedor.
O autor oferece, página após página, bastidores que recendem a novidade. As transcrições de comentários banais do cotidiano, dos bate-papos ao lado do campo, com dirigentes e jogadores, são saborosas”.
“O leitor que viajar nessas memórias, santista ou não, terá reforçada a certeza de que equipes vencedoras são fruto de circunstâncias e conjunturas que muitas vezes escapam ao previsível.”
Não à toa, este excerto, parte do prefácio do jornalista Miro Neto, acabou escolhido para a contracapa do livro O time que nunca seria campeão, de Alex Sabino. Resume com precisão como se pode – e, neste caso, méritos do autor, claro – (re) contar uma história desgastada pelo tempo, conhecida de todos/as que curtem futebol e, principalmente, dos/das torcedores/as santistas.
Não é exatamente a versão tupiniquim para o que representa – talvez para o mundo da literatura de futebol – Febre de bola, de Nick Hornby. Não em termos de estilo, ou dos caminhos que escolhe para falar da paixão por um time. Mas, por outro lado, tem o potencial para se tornar uma referência do mesmo porte no Brasil e, por que não, no continente.
Afinal, como sublinha Luciano Ribeiro, autor da orelha da obra, concordando com Neto, viver a experiência do título, da comemoração após a seca, e como torcedor, “é natural. Passar por isso com armadura de jornalista – após uma vida de lágrimas e decepções na arquibancada – é quase sobrenatural. Algo que só quem tem o dom de contar história consegue explicar.”
Alex Sabino compartilha conosco sua dupla jornada. Misturada, entrelaçada. Viva. Que, no fundo, é só uma. Impossível de separar. Da história que, até hoje, passamos de geração em geração, como uma proeza de meninos da vila. E, agora, realmente digna de leitura.

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