Disparam casos de sequestro em São Paulo e na região metropolitana – UOL

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Disparou em 2022 o número de casos de extorsão mediante sequestro registrados na capital paulista e na Grande São Paulo, regiões do estado que concentram a maioria dos crimes desse tipo. E parte desse aumento, segundo a polícia, está ligado a episódios em que criminosos utilizam perfis falsos em aplicativos de namoro para atrair as vítimas.
De janeiro a junho deste ano, houve 15 ocorrências nessas duas regiões, o equivalente a 88% dos casos do estado no período. A soma supera a do mesmo período de 2020 e 2021 e, também, a do primeiro semestre de 2019, ano pré-pandemia de Covid, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.
E, neste segundo semestre, mantém-se a tendência de alta, conforme dados obtidos pela Folha. De janeiro a setembro, a 1ª Delegacia da DAS (Divisão Antissequestro) contabilizou 36 casos de extorsão mediante sequestro na capital e na Grande São Paulo.
Esse tipo de crime ocorre quando a pessoa é raptada e mantida em cativeiro enquanto os criminosos cobram que a família pague um resgate.
“Os números nem de longe refletem a realidade. Instauramos inquéritos para investigar os casos que chegam até nós. Porém, há ocorrências sobre as quais nem ficamos sabendo, pois algumas delegacias de área não repassam o caso, ou a vítima nem registra boletim de ocorrência”, afirmou o delegado Eduardo Bernardo Pereira, da 1ª Delegacia Antissequestro da capital.
Apesar da subnotificação, somente na última semana de setembro, segundo o policial, a divisão atendeu a sete ocorrências de sequestros, todos relacionados ao uso de aplicativos de namoro.
“De todos os casos de sequestros atendidos por nós neste ano, além dos de sequestros-relâmpagos, eu creditaria que pelo menos 90% deles foram viabilizados pelos aplicativos de relacionamento”, afirmou Pereira.
Os criminosos costumam criar perfis falsos para enganar as vítimas, geralmente homens com idades entre 30 e 60 anos. O tempo de cativeiro oscila entre 24 horas e 72 horas, acrescentou o delegado.
Na noite do último dia 24, por exemplo, um médico de 55 anos foi sequestrado por três homens armados. Ele foi rendido no momento em que chegava à região do Limão, zona norte paulistana, para um encontro marcado via app.
O médico foi levado a um local “com péssimas condições de higiene”, segundo seu relato à polícia. No cativeiro havia outro homem, de 52 anos, que também foi parar ali depois de marcar um encontro por aplicativo de namoro no mesmo dia.
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Por quase 40 horas, ambos foram mantidos com os braços e pernas amarrados e deitados no chão. Após os bandidos movimentarem as contas bancárias deles, ambos foram liberados.
O médico não soube dizer aos policiais o local exato em que foi deixado pelos criminosos, com os quais afirmou ter passado momentos de terror, durante os quais pensou que fossem matá-lo.
Há casos registrados pela polícia em que os bandidos agridem as vítimas, além de ameaçá-las com armas na cabeça e facas para conseguir ter acesso a contas bancárias e senhas.
Além de zerar as economias das vítimas, criminosos em alguns casos também abrem contas em bancos virtuais para realizar empréstimos e, posteriormente, usam essas mesmas contas para captar dinheiro de outras vítimas de sequestro.
Neste ano, até setembro, já chegam a 93 o total de prisões e indiciamentos de suspeitos de envolvimento nos sequestros, atendidos pela 1ª Delegacia da DAS. No ano passado inteiro, houve 36.
O delegado Eduardo Bernardo Pereira, da Divisão Antissequestro, afirmou à Folha que os aplicativos de relacionamento não colaboram com as investigações da polícia.
Segundo o policial, todas as plataformas exigem cadastro para serem utilizadas, com o uso de email, telefone e endereço para criar uma conta de usuário. Com esses dados, a polícia diz que conseguiria identificar mais facilmente quadrilhas que usam aplicativos para praticar crimes.
“Nossa grande dificuldade —e é importante não só a sociedade saber, mas especificamente os usuários dessas plataformas— é que, em regra, os aplicativos de relacionamento, enfim, colaboram em nada com o sistema de Justiça Criminal. Só para ter uma ideia, somente uma das plataformas usadas como ferramenta para sequestros tem canal direto para fazer solicitação policial, ou encaminhar uma ordem judicial”, enfatizou Pereira.
Outro obstáculo enfrentado pela Divisão Antissequestro são as subnotificações. Muitas das vítimas, afirma o delegado, usam as plataformas para encontros extraconjugais e, por isso, não registram os crimes para não se exporem.

O aplicativo Happn afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as autoridades locais podem sempre entrar em contato com o atendimento ao cliente da empresa, pelo qual podem redirecionar suas solicitações à equipe jurídica da plataforma.
Sobre a utilização de perfis falsos, por criminosos, a plataforma afirmou que os usuários contam com uma ferramenta de denúncia, disponível na página de perfil, caso desconfiem de comportamentos suspeitos.
O Inner Circle, por sua vez, afirmou adotar “tolerância zero” com perfis falsos. O aplicativo disse ainda investir em um sistema para a identificação de possíveis fraudes, além de manter “sempre abertas” as linhas de comunicação “com qualquer divisão policial” que investigue crimes eventualmente praticados por meio da plataforma.
Procurado, o Tinder não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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