Documentário "Lugar de Mulher é na Política" é indicado ao Prêmio Televisão América Latina – Senado Federal
O documentário Lugar de Mulher é na Política é finalista do Prêmio Televisão América Latina. A obra foi produzida pela TV Senado e narra a criação da bancada feminina e a representatividade que as mulheres exercem nesse local. O documentário destaca a luta por equidade, por voz e pela ocupação de lugares de poder ao decorrer dos anos. A produção foi indicada a duas categorias, uma delas, destinada às principais obras da premiação.
Transcrição
Chegar aqui e não ter banheiro para mulher, um ambiente totalmente masculino, por quê? O documentário Lugar de Mulher é na Política, produzido pela TV Senado, concorre ao Prêmio Televisão América Latina em duas categorias: Democracia Parlamentar e Grande Prêmio Parlamentar. A obra aborda a instituição da bancada feminina no Senado Federal, em 2021, possibilitada pelo projeto de resolução que prevê a participação da líder da bancada no colégio de líderes e o direito de orientar votações, além de colocar em evidência o esforço feminino para ocupar esse local. As mulheres correspondem a mais de 50% da população brasileira, mas representam cerca de 12% das cadeiras no colegiado. O documentário percorre todo processo de luta feminina desde a primeira mulher a ser eleita senadora, ressaltando a importância das conquistas femininas em espaços políticos. Eunice Michiles foi a primeira senadora eleita em 1979, participou do documentário e falou como foi sua recepção na casa. Eu fui recebida com poesia, com flores, com palmas, não deixou de ser uma discriminação, porque não se recebe um homem assim, mas foi uma discriminação muito simpática Através do documentário é possível acompanhar como as demandas femininas eram tratadas antes da criação da bancada, apenas no dia 8 de março, popularmente conhecido como dia da mulher. A senadora Leila Barros, PDT-DF, falou ao documentário sobre o assunto: Março é o mês da mulher e vamos ter tal pauta. Aquilo angustiava. Nos angustiava de certa forma. Por quê? Uma das diretoras da produção, Adriana de Andrade ressalta a necessidade de mostrar para a sociedade o que está sendo construído no Senado Federal no tocante à questão feminina e como esses avanços são significativos para as mulheres. Não sabe que nunca na história do Brasil tivemos tantas mulheres senadoras, elas criaram essa bancada feminina, então a gente acha interessante contar essa história, mostrar, né? Que as mulheres estão cada vez mais, né? Em postos de gerenciamento, em lugares de comando, né? Quando questionada sobre a importância do prêmio para a representatividade feminina, Lara Francischetti, que também dirigiu a produção, respondeu. Eu acho que o prêmio ajuda a dar visibilidade a essa questão. Eu quero muito que as mulheres saibam que estão sendo cada vez mais bem representadas no Senado. Se o documentário e o prêmio, a indicação de prêmio pro documentário puder ajudar a dar mais visibilidade a isso, a mulherada aí que é a maior parte da nossa população entender que é representada e que pode e deve ser ainda mais. Adriana de Andrade, ressalta a importância da mulher na participação política para garantir os seus direitos, representar a população minorizada e estabelecer uma cultura de igualdade, não só no Senado Federal, mas também em outras estruturas políticas. Quanto mais mulheres em postos de comando, se candidatarem e tal, pela igualdade na política. Mais mulheres na política, né? Para gente poder se fazer representar, né? Não só pelas coisas que a gente acha importante, né? Não é porque é mulher que está lutando só pela mulher, mas pela humanidade como um todo, né? A gente tem a nossa luta que tem coisas de mulher, mas tem coisas que são da família, da sociedade, que interessa a todo mundo, não só as mulheres, né? A obra foi dirigida por Adriana de Andrade, Lara Francischetti e Nara Riella. Dentre as duas categorias que o documentário concorre, uma delas é dedicada às principais produções do prêmio. O documentário pode ser assistido no YouTube, através do canal da TV Senado. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Gabriela Pereira.
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