Doença do camelo: conheça o vírus que ameaça Copa no Catar – Catraca Livre
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A Copa do Mundo no Catar é um ambiente propício para a circulação de vírus como os da covid e da monkepox, mas uma ameaça que preocupa ainda mais é a doença do camelo. Especialistas apoiados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) temem que a ela possa se espalhar durante o mundial.
Nas últimas década, o país anfitrião da Copa registrou dezenas de casos da doença. Por isso, ela entrou na lista dos oito possíveis ‘riscos de infecção’ que teoricamente poderiam surgir durante o torneio.
Conhecida também como síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS, na sigla em inglês), a infecção provocada por um novo coronavírus já provou ser pelo menos 10 vezes mais mortal do que a covid-19.
Em um artigo publicado na revista New Microbes and New Infections, pesquisadores disseram que a Copa do Mundo “inevitavelmente apresenta riscos de doenças infecciosas”.
A professora Patricia Schlagenhauf, epidemiologista do Centro Colaborador da OMS para a Saúde dos Viajantes, e sua equipe disseram que isso se aplica ao Catar e aos países vizinhos.
Eles alertam que são grandes as chances de essas doenças também serem exportadas para outros países, como Grã-Bretanha e Estados Unidos, por conta da grande quantidade de torcedores que viajaram ao Catar para assistir ao torneio.
O MERS é um vírus encontrado no camelo e no morcego, mas não se tem certeza de que esses animais transmitem a doença para os seres humanos. O que se sabe é que o contágio de pessoa para pessoa se dá através do contato com as secreção respiratórias contaminadas.
A orientação dos pesquisadores aos viajantes é que evitem tocar nos mamíferos e consumir leite e carne de camelo que não tenha sido devidamente cozida.
Se na volta a seu país de origem, o viajante apresentar sintomas de resfriado ou gripe, a orientação é procurar um médico e falar sobre seu histórico de viagem.
O vírus foi descoberto na Arábia Saudita em 2012 e é encontrado principalmente nos países de oriente médio. A infeção causa danos ao sistema respiratório e possui a taxa de mortalidade alta. Entre 35% a 45% das pessoas doentes evoluem para o óbito.
A doença é especialmente perigosa para quem possui comorbidades, como diabetes, doenças renais, doenças respiratórias e sistema imunológico fraco.
Os sintomas da doença do camelo incluem febre, tosse, dificuldade respiratória, diarreia e vômito.
Não há tratamento específico para a doença, apenas para aliviar os sintomas.
Algumas vezes, no entanto, o quadro é leve e as pessoas acabam não procurando ajuda médica. Sem assistência, muitas acabam piorando e indo a óbito.