Eleição triplica visibilidade do Brasil na imprensa estrangeira, entre tensão e vitória de Lula – UOL

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O segundo turno das eleições presidenciais no Brasil levou a uma ampliação da visibilidade do país na imprensa internacional na última semana. No total, entre 24 e 30 de outubro foram registradas 169 reportagens com menções de destaque ao Brasil nos sete veículos da imprensa estrangeira analisados pelo Índice de Interesse Internacional (iii-Brasil).
Este é o recorde de visibilidade registrada pelo levantamento realizado desde o início do ano pelo portal Interesse Nacional e representa quase três vezes a média de 59 reportagens sobre o país registradas semanalmente ao longo das 29 semanas de análise até as eleições.
A maior parte dos textos no período (52%) teve tom neutro. O período registrou ainda 35% de textos com tom negativo, com potencial de piorar o prestígio do país no mundo. Já a proporção de notícias positivas, com potencial de melhorar a imagem do país, foi de 13%, acima da média registrada até agora no iii-Brasil.
A análise da imagem do Brasil na imprensa internacional permite perceber uma oscilação do tom editorial usado pelos jornais estrangeiros para falar sobre o país no período. Até o dia da eleição é evidente o olhar crítico sobre a situação política do Brasil, com artigos a respeito da tensão vivida pelo país, análises negativas sobre o governo de Jair Bolsonaro e a preocupação sobre o estado da democracia.
A partir do fim do domingo, último dia analisado, alguns jornais estrangeiros já noticiaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com um tom mais positivo. A postura mais crítica ficou evidente em editoriais publicados por alguns dos jornais estrangeiros analisados. O americano The New York Times publicou um texto de opinião com bastante destaque, alertando os riscos que uma vitória de Bolsonaro poderia representar para todo o planeta devido à aceleração da destruição da Amazônia.
Um resumo com o que de mais importante a Folha destaca sobre a eleição
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“Em razão das crescentes taxas de desmatamento sob Jair Bolsonaro, o ecossistema da Amazônia está à beira da catástrofe. A perda de milhões de árvores já causou diminuição das chuvas. As áreas ainda não transformadas em fazendas devem mudar de floresta densa para savana seca à medida que a Amazônia atinge um ‘ponto de inflexão’ —de degradação em espiral da qual não há retorno”, diz o artigo.
O britânico The Guardian também publicou editorial crítico ao presidente. Segundo o texto, “o planeta não vai suportar um segundo mandato do presidente de extrema direita”.
A avaliação do jornal vai além da questão ambiental: “Um risco secundário —mas ainda profundamente alarmante— é um maior entrincheiramento do autoritarismo antidemocrático. Se Bolsonaro for reeleito, ele será encorajado e se beneficiará da presença fortalecida da direita no Congresso. Há temores de que possa minar as instituições e mudar a Constituição para permitir um terceiro mandato”, diz.
No dia da eleição, o Guardian publicou outro artigo em que chamou Bolsonaro de “catástrofe brasileira” e deu visibilidade a movimentos de oposição que defendiam que ele fosse parado.
Apesar de não ser exatamente um editorial, o jornal francês Le Monde publicou um documentário em vídeo sobre a destruição da Amazônia nos últimos anos e um artigo de opinião em que diz que a reeleição de Bolsonaro seria um desastre para a Amazônia.

O português Público veiculou vários artigos sobre as eleições brasileiras, a maior parte com tom negativo. Um deles alegava que a eleição ajudaria a definir o futuro da democracia e do planeta, outro dizia que a reeleição de Bolsonaro representaria o fim da Amazônia e um terceiro afirmava que o Brasil poderia se tornar uma ditadura em caso de vitória de Bolsonaro: “O presidente explora o que já era latente no Brasil: a lógica da dominação, herança da escravatura e da ditadura, o racismo, a suspeição face à ciência”.
O jornal espanhol El País foi o que teve a maior cobertura sobre as eleições entre os analisados pelo iii-Brasil, com 58 reportagens com menções de destaque ao país. O diário publicou vários artigos sobre a situação política às vésperas do segundo turno, a maioria dos quais com tom crítico sobre o presidente.
Bolsonaro é descrito por um deles como um líder que tem “a destruição como estratégia”. Outro artigo avalia o legado do bolsonarismo e diz que ele aumentou a força do conservadorismo no país.
Um terceiro, a exemplo do visto em outros jornais, fala sobre o risco que a reeleição poderia representar para a Amazônia. E um quarto listou as mentiras contadas por Bolsonaro na campanha, alegando que o Brasil estava dividido entre “a infâmia e a esperança”.
No argentino Clarín, um artigo apontou as incertezas políticas e a polarização crescente no país às vésperas da eleição. Uma outra análise tratou da necessidade de recompor os laços entre Brasil e Argentina. Com relevância empática e inclusiva, um texto menciona que há 33 milhões na pobreza no país, o qual precisa ser governado por uma pessoa que já passou fome —como narrado no livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, de Carolina Maria de Jesus.

A mudança de tom das notícias, com abordagem mais positiva, foi perceptível já na noite de domingo. Tanto o New York Times quanto o jornal inglês, o espanhol e o argentino já publicaram reportagens mais positivas sobre a “impressionante” volta de Lula ao poder ao derrotar a direita prometendo unificar o país.
Em razão da diferença de fuso horário, Le Monde, Público e China Daily não chegaram a noticiar o resultado das eleições no próprio domingo. As notícias sobre a vitória de Lula saíram apenas na madrugada de segunda-feira. O Público registra que, apesar de o país estar dividido, espera-se que após as eleições a disputa fique para trás, pois o povo deseja um governo que torne a vida melhor. El País também elogia a qualidade da segurança das urnas eletrônicas brasileiras.
Desde o início de abril, o iii-Brasil, ao estudar a imagem internacional do Brasil, coletou e analisou em média 63 reportagens por semana com menções de destaque ao país nos sete veículos de imprensa analisados. Ao longo do levantamento das últimas 30 semanas, o iii-Brasil registrou em média 51% de reportagens de tom neutro, 38% de menções com tom negativo e 11% de textos positivos sobre o país.
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