Em meio às eleições, dá para falar de política no trabalho? Especialista dá 6 dicas para conversas pacíficas – Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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Depois de um primeiro turno acirrado nas eleições presidenciais brasileiras no último domingo (2/10), o tema político tem tomado conta de diversas áreas de convívio, como a família, os grupos de amigos e até os colegas de trabalho. Com um ambiente tão polarizado, pode ser difícil manter a calma quando há opiniões tão diferentes entre as pessoas. Mas uma especialista afirma que é possível falar de política no trabalho de forma saudável.
Em meio às eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2020, a especialista Carolina Hopper, diretora do Programa de Cidadania e Identidade Americana do Instituto Aspen, deu seis dicas para funcionários e líderes terem conversas pacíficas sobre política no trabalho ao site CNBC. Segundo ela, embora possa parecer o caminho mais seguro, sufocar esses diálogos pode ser prejudicial. Confira suas recomendações.
Com um ambiente tão polarizado, tem sido difícil manter a calma quando há opiniões tão diferentes entre as pessoas. Mas uma especialista afirma que é possível falar de política no trabalho de forma saudável (Foto: skynesher/Getty Images)
Segundo a especialista, o primeiro passo para falar de política no trabalho é tirar o viés competitivo do papo – e esse é o passo mais difícil para muitas pessoas. Ambas as partes devem ter como objetivo alcançar um maior entendimento sobre o assunto.
“Se você entrar em uma conversa com o objetivo de derrotar a outra pessoa, estará ouvindo o que ela está dizendo para refutar suas ideias. Os fatos se tornam munição, em vez de ferramentas”, afirma Hopper ao site.
O ideal é estar aberto a uma troca verdadeira, podendo ouvir e entender as ideias do outro. Pode ser que algumas pessoas mudem de ideia no final, sendo convencidas pelo outro, mas esse não pode ser o objetivo da conversa.
Se você está apenas esperando para responder ao seu colega assim que ele terminar de falar, você não está se envolvendo de forma produtiva. Esteja disposto a realmente ouvir o que a pessoa à sua frente está dizendo, independentemente de achar que vai concordar ou não.
“Priorize os relacionamentos e ouça com vontade. Não pense em seu colega de trabalho em termos de como ele votou”, diz Hopper. “Em vez disso, pense nele como seu colega ou amigo primeiro, e tente se afetar menos pela opinião deles.”
Preste atenção ao contexto. Nenhuma crença é formada no vácuo. Nossas opiniões são formadas por todos os tipos de contexto, como experiências vividas, informações às quais temos acesso ou culturas em que crescemos.
“Tente entender por que seu colega de trabalho mantém suas crenças, não apenas quais são suas crenças”, afirma Hopper. Então, também reflita sobre por que você tem suas crenças políticas.
De muitas maneiras, é contra nossa natureza humana sair de nossa zona de conforto para se envolver com alguém que não irá confirmar nossas visões existentes.
“Mas esse comportamento é necessário e acreditamos que seja contagioso. Quanto mais fizermos isso, mais outros farão o mesmo”, expressa a especialista.
Abra espaço para se transformar. Você não avançará na conversa se não estiver disposto a ceder em nenhum ponto, ou se você se afastar sempre que surgir uma ideia discordante.
“Trate a discussão como uma experiência de aprendizado e esteja pronto para ter suas suposições desafiadas”, aconselha. Ser flexível para mudar nossa própria ideia sobre alguma crença também é importante na discussão política.
Ser empático e seguir os passos anteriores não deve sobrepor o fato de alguns colegas não saberem discutir de forma justa. Alguns casos, de fato não é possível ter uma conversa produtiva. “Declarações falsas podem e devem ser contestadas”, diz Hopper.
Se a pessoa é preconceituosa em seus argumentos, não dá para seguir adiante. “O melhor tipo de discussão é aquela em que todas as partes respeitam a humanidade das outras”, explica.
Mesmo assim, ela acredita que é melhor falar dos temas no trabalho e impor esses limites do que abafar as conversas políticas. “Os locais de trabalho terão uma vantagem estratégica se incentivarem, em vez de limitarem, essas trocas produtivas de ideias”.
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