Empresários temem impacto na economia e cobram reação a atos … – Política Livre
9 janeiro 2023
Representantes do empresariado dizem estar preocupados com o impacto das manifestações golpistas em Brasília neste domingo (8). Empresários e entidades do setor privado afirmam que os atos podem ter fortes implicações na economia e cobram controle da situação. A avaliação é a de que a demora pode agravar a percepção de risco sobre o país. Logo após o início dos atos, a CNI divulgou um comunicado pedindo punição.
“O Brasil elegeu seu novo presidente democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social”, disse Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, em nota.
Para Fábio Barbosa, CEO da Natura&Co, o caso é absolutamente inaceitável. “Que os invasores sejam punidos rigorosamente, na forma da lei. E que se apure também como o policiamento não estava preparado para reprimir um ato que era previsível”, diz Barbosa.
O banqueiro Ricardo Lacerda, do BR Partners, também prevê perdas para o país. “Eu acho que podemos ter um impacto negativo para os mercados e a economia com a elevação do risco institucional. Por isso é preciso punir exemplarmente os responsáveis”, afirma. Segundo Lacerda, são “bandidos e canalhas empunhando a bandeira nacional em atos de agressão às nossas instituições”.
O ex-banqueiro e fundador do partido Novo, João Amoêdo, foi às redes sociais cobrar reação dura. “O governo federal deve agir de forma dura, junto ao governo de Brasília, para prender estes vândalos e por fim aos acampamentos antidemocráticos que servem de base para estes atos”, escreveu Amoêdo.
Em nota, o Sindusfarma (que reúne a indústria farmacêutica), diz que “repudia todo tipo de violência e de atos que ferem a Constituição. Protestos pacíficos e democráticos, como já tivemos no Brasil são positivos. Depredação de patrimônio público não pode ser aceito pela sociedade brasileira”, afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma.
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