Envolvido em caminhão-bomba foi assessor no governo Bolsonaro – Poder360

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Wellington Souza também pediu PIX a “patriotas” 1 dia depois de ato frustrado
O jornalista Wellington Macedo de Souza, de 47 anos, envolvido na tentativa de ataque a bomba ao aeroporto de Brasília, foi assessor de comunicação no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Macedo assumiu a comunicação da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, na pasta que estava sob o comando da ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF).
Como assessor de comunicação, o jornalista recebia salário de R$ 10.373. Ficou no cargo de fevereiro de 2019 a outubro do mesmo ano. Hoje, ele é considerado foragido pela Justiça. O cúmplice George Washington de Oliveira Sousa, que foi preso, atribuiu a Macedo a instalação da bomba no caminhão abastecido de combustível.
O Poder360 apurou que Wellington Macedo fez diversas publicações favoráveis a Bolsonaro depois que deixou o cargo.
Em maio de 2021, divulgou evento chamado “Marcha da Família Cristã” e levou uma camiseta da manifestação organizada por ele ao Palácio do Planalto para que o ex-presidente apoiasse o ato.

No dia seguinte à tentativa frustrada de explosão, Macedo enviou uma mensagem a seus seguidores. Escreveu que “milhares de patriotas participaram da Santa Ceia de Natal” no acampamento situado no Quartel General do Exército, em Brasília.
O jornalista também citou a passagem de Bolsonaro pelo local. Na data, o ex-presidente deixou o Palácio da Alvorada para fazer um passeio de moto. O chefe do Executivo deixou a residência oficial sozinho e não alertou sua equipe de segurança. Ao retornar para o Palácio, cumprimentou apoiadores no local.
Macedo pede colaboração via PIX para apoiadores do acampamento. Eis a mensagem enviada em 25 de dezembro:

A Justiça do Distrito Federal aceitou uma denúncia movida contra os 3 envolvidos na tentativa de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal de 2022, em 24 de dezembro. 
A decisão foi do juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília. Protocolada pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), a denúncia tem como base apurações da Polícia Civil do DF. O documento foi assinado na última 3ª feira (10.jan). Eis a íntegra da decisão (4 KB).
Os réus Alan Diego dos Santos, Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza vão responder pelo crime de explosão, tipificado no artigo 251 do Código Penal.  
A senadora eleita e ex-ministra Damares Alves publicou em seus perfis nas redes sociais que Macedo não era seu “assessor direto” e disse repudiar “todas as tentativas levianas de associar minha imagem às ações dele e/ou do grupo ao qual faz parte”. 
Damares declarou ainda ser “defensora da democracia”. Eis a publicação da senadora e ex-ministra no Twitter:

Em 24 de dezembro, a PM (Polícia Militar) e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal foram acionados por volta das 7h30 para investigarem um possível artefato explosivo presente em uma caixa encontrada na via que dá acesso ao Aeroporto de Brasília.
O material foi recolhido e enviado para perícia da Polícia Civil do Distrito Federal. Durante o processo, uma das vias de acesso ao aeroporto foi interditada. 
Assista ao momento em que a polícia encontra a bomba (55s):

No mesmo dia, os agentes identificaram e prenderam o suspeito de ter montado o artefato explosivo. Em depoimento, o empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, afirmou que o plano era “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”.
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