Escuta foi arquivada no STF – ISTOÉ

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Leandro Mazzini começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de 25 capitais e interior Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’ desde então, e agora escreve no blog que leva seu sobrenome no portal da ‘Revista Isto É’, onde conta com o trabalho dos jornalistas Walmor Parente, Carolina Freitas e Sara Moreira, além de correspondentes no Rio e Recife. É também comentarista das rádios ‘JK FM’ em Brasília, ‘Super TUPI’, do Rio, e ‘Rádio Muriaé’.
Estátua da Justiça na sede do STF em Brasília
Coluna do Mazzini
27/01/2023 – 9:30
Tão vergonhoso quanto o vandalismo no Supremo Tribunal Federal foi o ataque moral à Corte engavetado pela administração em 2014. Data venia o profissionalismo do espião: até hoje a Secretaria de Segurança e PF não descobriram quem instalou uma escuta ambiental debaixo da mesa do ministro Luís Roberto Barroso. Estava desativada, revelada por este repórter. Investigações entre portas apontam que o alvo era o inquilino anterior do gabinete, o relator do Mensalão do PT, Joaquim Barbosa. O STF desembolsou em 2022 quase R$ 10 milhões (precisamente R$ 9.756.120,43) com segurança privada para proteger as dependências da Corte e seus ministros. As rubricas cobrem despesas com empresas de segurança privada (agentes que acompanham suas excelências) e vigilância patrimonial. Em 2021, esse gasto foi de R$ 8.446.181,54. No portal de transparência constam cinco empresas para os serviços, além da Associação dos Agentes de Segurança do Poder Judiciário. Mas a escuta foi varrida para debaixo do tapete.
Limpa na firma. O general Guilherme Theophilo, ex-secretário nacional de Segurança Pública no Governo Bolsonaro e homem de confiança do então ministro Sergio Moro, e o coronel Luiz Cerqueira, ex-coordenador do GSI, foram afastados dos cargos no Instituto Combustível Legal. O ICL é braço do lobby das grandes distribuidoras de combustíveis, que bancam a instituição. Para lugar da dupla de militares foi indicado o ex-deputado federal Emerson Kapaz, que em 2004 foi acusado pelo MPF de ser um dos membros da quadrilha que atuava no esquema de desvios de recursos federais para a compra de ambulâncias, descoberta pela Operação Sanguessuga.
Ninguém no entorno do clã arrisca dizer que Jair Bolsonaro será o candidato do espólio eleitoral da direita em 2026. Ele se tornou uma sentença ambulante — nem sabe se volta ao Brasil. O cenário começou a esboçar o plano B: o candidato pode ser o filho senador Flávio Bolsonaro, que, para muitos, é o mais preparado do quarteto de herdeiros. Com a investigação das “rachadinhas” arquivada, Flávio tem caminho livre. É o combinado. Resta saber como vai se comportar na gestão o governador Tarcício de Freitas, em São Paulo, potencial nome do grupo. Flávio e Tarcício são amigos. Mas em política é outra história.
Egresso do finado Governo, o presidente interino dos Correios, Heglehyschynton Valério Marçal, somou um desastre de ações em duas semanas: aniquilou a Corregedoria, exonerou cinco servidores do órgão e, pasmem, anunciou uma aberração administrativa: “comissão de anistia” para apoio a servidores que reclamarem das supostas perseguições em processos internos. Há informações de que ele mesmo já foi citado internamente em apurações. Enquanto isso, o PT quer emplacar diretorias regionais, que numa canetada do interino passaram a ser por indicação de quem manda, não mais por meritocracia.
A PF descobriu que há centenas de parentes e amigos de oficiais do Exército detidos no presídio de Brasília, daquela turma que acampava no QG. Uma esposa de general foi liberada. Em um mês, a PMDF tentou retirar acampados duas vezes, mas foi barrada pelo comando do EB. Deu no que deu.
Oficiais da FAB estão preocupados com o aumento de ministros de 23 para 37. É que essa turma vai alegar motivos de Segurança, pelas regras do Governo, para demandar jatinhos em viagens pessoais – já aconteceu com cinco deles. A FAB pode ser obrigada a redirecionar aviões que transportam órgãos de doadores para atender as excelências.
O presidente Lula da Silva não desistiu de ter Josué Gomes à frente do Ministério da Indústria e Comércio. A situação dele na Fiesp motivou o Barba a enviar novo convite por um emissário. Lula quer desocupar Alckmin da pasta para que o vice seja o gerente do Governo e o libere para agendas internacionais com a primeira-dama.
Bate e volta na FAB
Antes do vandalismo na Corte, a presidente do STF, Rosa Weber, já evitava o povo. Pediu jatinho da FAB para ir a Porto Alegre no Réveillon. Decolou dia 30 de dezembro.
Arquivo confidencial
Os ataques no gabinete da presidente Rosa Weber não foram piores que o descoberto pela PF, que busca imagens: Levaram pastas com arquivos confidenciais da mesa. Problema é que a sala não tem câmeras.
Paredes mais valiosas
A estupidez da depredação aliou-se à burrice dos analfabetos culturais — e há minúsculo saldo positivo no Palácio do Planalto após os ataques: Painéis de Burle Marx (2º andar) e de Athos Bulcão (4º andar) foram os únicos quadros preservados.
As editoras comemoram números relevantes da venda de livros em dezembro. Saíram das estantes 5,8 milhões de exemplares, rendendo R$ 270,6 milhões, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros.
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