Estádio 974, que sediou última vitória do Brasil na Copa-2022, começa a ser desmontado e tem futuro incerto após o Mundial – ESPN.com.br

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Em frente ao Stadium 974, torcedores deram sugestão interessante sobre o que fazer com os contêineres após o Mundial de 2022; assista (2:27)
O Estádio 974, um dos mais emblemáticos da Copa do Mundo do Qatar, começou a ser desmontado.
O processo foi iniciado depois da goleada por 4 a 1 do Brasil sobre a Coreia do Sul, em 5 de dezembro, pelas oitavas de final do Mundial, mas está sendo feito em ritmo lento.

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O ESPN.com.br visitou a arena nesta semana e acompanhou o andamento dos procedimentos (veja no vídeo acima). Por questões de segurança, não foi possível se aproximar muito, já que agora se trata de um canteiro de obras.
No momento, foram retirados apenas alguns dos 974 contêineres que ajudaram a formar a estrutura do estádio, além de parte das instalações do teto.
Todavia, a arena seguirá viva por mais alguns dias, já que sediará eventos não relacionados ao futebol.
Em contato com a reportagem, o Comitê Supremo de Entrega e Legado da Copa do Mundo 2022 deu detalhes do tema e informou que ainda não há data certa para a desmontagem ser concluída.
“Depois do jogo entre Brasil e Coreia do Sul, foram iniciados os primeiros trabalhos para retirar o estádio do ‘modo torneio’ e entregá-lo ao país-sede. O Estádio 974 irá receber em 16 de dezembro o Qatar Fashion United“, escreveu.
“Os detalhes da previsão precisa para o término da desmontagem e e readequação do estádio ao seu uso futuro ainda estão sendo finalizados neste momento, e os avanços serão comunicados pelos organizadores no tempo devido”, complementou.
Portanto, é possível dizer que o destino do Estádio 974 ainda é incerto.
Em entrevista recente, o secretário de Esportes do Uruguai, Sebastián Bauza, revelou que o Governo do Qatar ofereceu remontar a arena em Montevidéu caso os uruguaios vençam a candidatura pela Copa do Mundo 2030.
Para isso, porém, a nação sul-americana terá que vencer rivais de peso, como Inglaterra e Espanha/Portugal, que também demonstraram interesse em receber a competição da Fifa.
Informalmente, também fala-se em usar a estrutura para ajudar na construção de vários estádios ao redor do mundo, principalmente em países em desenvolvimento.
Em conversa com o ESPN.com.br, o torcedor mexicano Julio Tepatio, que visitava o Estádio 974 no dia da reportagem, sugeriu que ele seja montado novamente em alguma nação da África.
“Tomara que o governo do Qatar leve esse estádio para um país que realmente precise dele, algo tão lindo”, disse, antes de ser perguntado se ele seria bem-vindo no México, que será uma das sedes do Mundial de 2026.
“Claro que sim. É todo bonito. E seria todo recebido com muita felicidade. Mas a verdade é que eu penso ele poderia ser enviado à África, para possa ser usado todos os dias. O mais triste é ter um estádio que não enche de gente. Sim, durante o Mundial foi incrível, um espetáculo, mas em uma semana… Não vai mais ter turista aqui e nem torcedor. Que usem para um público mais boleiro”, complementou.
Também visitando a arena antes que ela deixe de existir, o engenheiro civil brasileiro Alírio Caldart, 64, elogiou a ideia por trás do Estádio 974.
“É um estádio muito bonito, com arquitetura que foge um pouco dos padrões dos estádios que a gente já conhece, mas que tem uma singularidade e uma praticidade que vão ao encontro do meio-ambiente, da restauração do local, da própria reutilização dos materiais”, explicou o engenheiro, que tem 42 anos de atuação na área.
“Esses contêineres agora podem ser doados a países com déficit de habitação, e isso é uma boa ideia, porque, além de já terem cumprido sua missão aqui na Copa do Mundo, eles agora podem ajudar as pessoas que precisam”, observou,
A mulher de Alírio, Romi Dambroso, porém, admitiu que fica com um “sentimento ruim” vendo o 974 sendo desmontado.
“Eu falei para o meu marido: ‘A gente tem que ver esse estádio, porque ele vai deixar de existir’. Daqui um tempo, as pessoas vão voltar aqui e ele não vai existir mais, porque está sendo desmontado. É uma sensação ruim ver uma coisa tão grandiosa, que recebeu grandes espetáculos, sumir assim. É uma sensação não muito agradável”, ressaltou.

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