Ex-alvo do Flamengo, joia milionária e cão de guarda: quem são as novas escolhas de Scaloni para impedir a eliminação da Argentina – Extra
Entre 35 e 40 mil argentinos foram ao Catar com o desejo de ver Lionel Messi liderar a Argentina rumo ao tricampeonato mundial, sonho que pode acabar neste sábado. Basta ser derrotado pelo México, às 16h (de Brasília), que os hermanos voltarão para casa. Por isso, o técnico Lionel Scaloni pode fazer até cinco mudanças na equipe titular. Mas quem são esses escolhidos?
Gonzalo Montiel, ex-River Plate e que já foi alvo do Flamengo, ganha a vaga de Nahuel Molina. Titular da posição, Marcos Acuña não atuou na estreia porque não estava na sua melhor condição física. Na zaga, Cuti Romero não teve boa atuação diante da Arábia Saudita e deve ver a vaga se preenchida por Lisandro Martínez. No meio, Leandro Paredes e Guido Rodríguez disputam vaga. Joia argentina e contratado pelo Benfica, Enzo Fernández ganha a vaga de Papu Gómez.
Assim, a Argentina deve estar escalada com: Dibu Martínez; Montiel, Lisandro Martínez, Otamendi e Acuña; Paredes (Guido Rodríguez), De Paul e Enzo Fernández; Di María, Messi e Lautaro Martínez. O GLOBO preparou um perfil de cada um dos escolhidos de Scaloni.
As meias ensanguentadas com que Gonzalo Montiel terminou a final da Copa América de 2021, na vitória sobre o Brasil, o definem. Nem o sangue no tornozelo e nem a dor insuportável o tirariam de campo no dia em que a Argentina foi campeã após quase 30 anos. A resiliência é uma constante. Quando criança perdeu o melhor amigo, seu avô, que foi assassinado enquanto vendia frutas na cidade de Gonzalez Catán. O menino de 7 anos olhou para frente. No River Plate, o treinador Marcelo Gallardo era como o pai. Aos 24 anos, ele já se firmou na Europa, no Sevilla. Ele foi alvo do Flamengo em 2021.
O adolescente de Gualeguay precisou um dia tomar uma decisão. Aproveitar o seu talento para ser jogador de futebol de sucesso ou seguir trabalhando com o seu pai como pedreiro. Escolheu a primeira opção e foi para as categorias de base do Newell’s Old Boys. Fez a sua estreia profissional no mesmo clube, mas sem sucesso. Buscou novos ares no Defensa y Justicia, se detacou e acabou negociado com o holandês Ajax. Atualmente no Manchester United, ele pode dizer que na seleção joga com Messi e no clube com Cristiano Ronaldo. Quando vai à Argentina, volta à casa de sua infância para lembrar de onde veio.
Marcos Acuña tem força. O garoto, que nasceu na cidade Zapala, jamais desistiu mesmo jogando futebol descalço em campos de terra e ouvindo "não" em seis peneiras. O atual jogador do Sevilla teve como primeiro clube profissional o Ferro Carril Oeste. Trilhou uma bonita carreira, foi para o Racing e, quase ao mesmo tempo, recebeu sua primeira oportunidade na seleção. Polivalente, pode fazer outras funções em campo. É por isso que disputará sua segunda Copa do Mundo no Catar.
Guido Rodríguez iniciou profissionalmente no River Plate, clube onde foi revelado. Sem muito espaço, acabou emprestado ao Defensa y Justicia, da Argentina, indo depois para o futebol mexicano: Tijuana e América, onde se destacou e foi vendido ao Betis. Conseguiu se adaptar ao time do treinador Lionel Scaloni. Na Copa América do ano passado, vencida pela Argentina, Guido Rodríguez fez o gol da vitória sobre o Uruguai (1 a 0), pela fase de grupos. É o substituto natural de Leandro Paredes, embora, de acordo com o esquema, a seleção possa ter os dois em campo.
Disputar a Copa do Mundo no Catar só aconteceu para Enzo Fernández porque ele apresentou um grande futebol. Também porque "obrigou" o treinador Lionel Scaloni a fazer parte do grupo, apesar de não ter participado de todo o ciclo para o Mundial. Enzo Fernández surgiu forte no River Plate, foi emprestado ao Defensa y Justicia e voltou ainda mais forte ao River. Com apenas 21 anos, foi nesta temporada para o Benfica, onde virou um dos principais nomes da equipe. Clubes da Europa já estão de olho na joia argentina. O nome Enzo é uma homenagem a Enzo Francescoli, ídolo uruguaio do River Plate.