Ex-chefe da Mercedes critica relação da Alemanha com F1: “Deveriam ter vergonha” – Grande Prêmio

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Ex-vice-presidente da Mercedes nos anos 1990 e peça chave do retorno da montadora alemã na Fórmula 1, Norbert Haug criticou a relação dos alemães com a Fórmula 1. Em 2023, a categoria terá apenas Nico Hülkenberg, na Haas, como representante, e a Alemanha segue fora do calendário desde 2020, quando Nürburgring recebeu o GP de Eifel.
Em entrevista à emissora alemã RND, Haug falou sobre a decadência de audiência da Fórmula 1 na Alemanha. Entre 1994 e 2016, o país viu 12 títulos, se tornando a segunda nação mais vencedora da F1, atrás apenas da Inglaterra.
“Na Alemanha, Fórmula 1 virou uma tragédia que todo fã de esporte a motor deveria ter vergonha. Entre 1994 e 2016, houve campeões mundiais como uma linha de montagem: sete títulos de Michael Schumacher, quatro consecutivos de Sebastian Vettel, e finalmente, o de Nico Rosberg em 2016”, comentou.
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Haug também apontou a queda de interesse do público e a ausência de pilotos alemães na categoria. Sebastian Vettel, tetracampeão, se aposentou, enquanto Mick Schumacher acabou substituído por Hülkenberg.
“Por uma década, no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, tinham duas corridas de F1 na Alemanha, à frente de 100 mil espectadores. Na RTL, 12 milhões de pessoas assistiam, em vez das 3 milhões de hoje. Em 2010, eram sete pilotos alemães no grid. Hoje, Nico Hülkenberg ainda tem, na melhor das hipóteses, uma equipe de segunda categoria, e Mick Schumacher é um substituto promissor, mas ao menos na equipe certa”, completou.
A temporada 2023 da Fórmula 1 tem início no dia 5 de março, com o GP do Bahrein, no Circuito Internacional de Sakhir.

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