Ex-ministro diz que Bolsonaro ‘trabalha 18 horas por dia’, mas agenda oficial desmente – CartaCapital

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Faltam para nos livrarmos do Jair

O dia mais longo de trabalho – 11 de novembro – soma apenas 5 horas
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado saiu em defesa do presidente derrotado Jair Bolsonaro nesta sexta-feira 18 e disse, nas suas redes sociais, que o ex-capitão, apesar de recluso, tem trabalhado ‘18 horas por dia’.
No entanto, há poucos indícios de que o presidente esteja de fato trabalhando arduamente desde que perdeu as eleições para Lula no dia 30 de outubro.
Na agenda oficial é possível ver que o ex-capitão mantém apenas poucos compromissos de despachos internos. No geral, o site oficial registra encontros de meia hora com ministros e aliados no Palácio do Alvorada e não no Planalto. O dia mais longo de trabalho – 11 de novembro – soma apenas 5 horas. Na maior parte dos casos, a agenda está completamente vazia.
Além dos poucos compromissos registrados, Bolsonaro também não aparece publicamente há semanas, nem mesmo de forma digital. O ex-capitão, que costumava fazer dezenas de publicações nas redes sociais ao longo do dia, pouco alimenta seus perfis oficiais desde a derrota. Seu Twitter, por exemplo, conta com apenas três publicações desde a derrota, sendo uma foto sem legenda e um post com links para outras redes sociais – com baixíssimo volume de interações.
Outro fato é o abandono das tradicionais lives de quinta-feira, feitas quase ininterruptamente durante o governo, mas que não acontecem há três semanas. Bolsonaro também deixou de conceder entrevistas ou participar de outras transmissões ao vivo, como podcasts, algo que fazia quase semanalmente durante o mandato. O cercadinho em frente ao Alvorada, onde Bolsonaro também marcava presença constante, foi abandonado pelo presidente.
Aliados do ex-capitão alegam que a reclusão se deu por motivos de saúde. Bolsonaro teria machucado a perna durante a campanha e, por não tratar o ferimento de forma adequada, foi acometido por uma infecção. Outras fontes do Planalto também revelaram a diferentes jornais que Bolsonaro estaria abatido com a derrota nas urnas.
O ferimento também foi citado por Machado em sua publicação. Assim como Braga Netto, o ministro garantiu que o aliado está recuperado e que deve retomar a agenda em breve, sem, no entanto, cravar uma data para tal.
“O presidente está se recuperando de um problema que ele teve na perna. E quero dizer o seguinte: o presidente não parou de trabalhar um segundo nesses dias”, disse Machado em suas redes sociais. “O presidente trabalha 18h por dia, e eu sou testemunha disso. Então, minha gente, graças a Deus, o presidente está bem. Está pronto”.
Nesta sexta também foi informado que Bolsonaro deu entrada no hospital das Forças Armadas em Brasília com dores abdominais. A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, que conversou com fontes do Gabinete de Segurança Institucional.
Ao jornal, eles disseram que uma nova cirurgia para tratar uma hérnia estaria sendo avaliada. Não se sabe ainda se o fato irá fazer com que Bolsonaro siga em reclusão. Segundo Machado, porém, o presidente não teria sido internado e a notícia se trataria de ‘fake news’.
Uma publicação compartilhada por Gilson Machado Neto (@gilsonmachadoneto)

Pouco antes de sair em defesa de Bolsonaro, Machado foi reconduzido ao cargo de presidente da Embratur pelo ex-capitão. Ele já ocupou o posto antes de ser ministro e, na ocasião, ficou conhecido por tocar sanfona durante lives do ex-capitão. Em 2022, ele deixou o ministério para concorrer ao Senado por Pernambuco, mas foi derrotado por Teresa Leitão (PT).
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