EX-MINISTROS DA DEFESA APOIAM PERMANÊNCIA DE MÚCIO; EM ENCONTRO COM WAGNER.

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O senador Jaques Wagner (PT) recebeu cinco ex-ministros da Defesa na manhã desta quarta-feira (11). Os ex-integrantes da pasta defenderam a permanência do atual ministro da Defesa, José Múcio, que tem sofrido críticas internas por sua atuação na contenção dos atos golpistas em Brasília.

O grupo composto por Nelson Jobim, Aldo Rebelo, Raul Jungmann e Fernando Azevedo pediu o encontro com Wagner, que foi ministro da Defesa brevemente em 2015, no segundo governo de Dilma Rousseff (PT).

Na conversa, os ex-ministros expuseram sua preocupação com a pressão que o PT e integrantes à esquerda do governo Luiz Inácio Lula da Silva sobre Múcio, colocado no cargo justamente por ter um perfil moderado e de acomodação -conservador, foi deputado e presidente do Tribunal de Contas da União, dado ao diálogo.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, Wagner concordou na defesa de Múcio com seus colegas, que representavam quatro diferentes governos: Lula 1 e 2 (Jobim), Dilma (ele e Rebelo), Michel Temer (Jungmann) e Jair Bolsonaro (Azevedo). Os cinco também se colocaram contrários à ideia corrente entre apoiadores do presidente de que é preciso mudar o perfil do ministério para enquadrar os militares.

Segundo esse plano, Múcio daria lugar a Wagner ou a outro petista para que as Forças Armadas fossem submetidas a um “choque de democracia”, na palavra de um desses petistas. Essa medida consistiria da retirada do domínio de promoções de oficiais-general das Forças para a Presidência e da intervenção no currículo das academias militares.

Ainda conforme informações do jornal Folha de S. Paulo, não houve deliberações na reunião. Os quatro ex-ministros que a convocaram acreditam que Wagner levará as ponderações a Lula, que segundo interlocutores se mostra displicente e irritado quando tem de lidar com as Forças Armadas.

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