Ex-mulher de Jair Bolsonaro tem votação pífia e perde eleição no DF – VEJA

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Meses depois da disputa municipal de 2020, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle participou de um almoço de confraternização na casa de um conhecido lobista de Brasília, notório por estabelecer relacionamentos entre aspirantes a políticos e potenciais doadores de campanha. Era o início da discreta construção de sua candidatura a um cargo político na capital federal. Filiada ao Progressistas e depois de fracassar na única tentativa em que disputou a preferência do eleitor – em 2018 teve apenas 4.555 votos para deputada federal – Cristina lançou-se a uma das 24 vagas na Câmara Legislativa do Distrito Federal, incorporou o nome do ex na urna e traçou uma meta: ter, no mínimo, 15.000 votos. Repetiu, no entanto, a votação pífia de quatro anos atrás e teve só 1.485 votos.
A segunda esposa do presidente Jair Bolsonaro ganhou notoriedade no noticiário político após entrar na lista de alvos do Ministério Público do Rio de Janeiro na investigação que envolve o esquema de rachadinhas. Ela está na lista de suspeitos de recolher ilegalmente parte dos salários dos funcionários do vereador Carlos Bolsonaro na Câmara municipal, prática tipificada como peculato. Parentes dela e do ex-faz-tudo da família presidencial Fabrício Queiroz são alvo de outra apuração, relacionada à prática de rachadinha entre os servidores do gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Durante a campanha a deputada distrital, Cristina voltou a estar na mira da Justiça após ter listado em sua declaração de bens uma mansão em que mora em Brasília e que, até antes da eleição, ela dizia que alugava. O imóvel, registrado na Justiça Eleitoral pelo valor de 829.000 reais, tem dois andares, piscina e área de lazer. Localizada em um bairro nobre de Brasília, a casa vale pelo menos 3 milhões de reais, o que levou a Polícia Federal a pedir à Justiça a abertura de uma investigação para apurar se houve lavagem de dinheiro na transação. Conforme revelou VEJA em 2018, durante um processo de divórcio litigioso, a ex do presidente acusou o então marido de ter uma “próspera condição financeira”, com rendimentos de 100.000 reais em valores da época, o que equivalia a três vezes mais do que ele ganhava como deputado e como militar da reserva.
Na corrida por uma cadeira na Câmara de Brasília, a segunda ex do presidente esteve entre os candidatos a distrital mais fartamente financiados pelo Progressistas e recebeu 300.000 reais do partido. Detentora de tantos segredos da família presidencial, na ausência de votos, pelo menos de falta de dinheiro Cristina Bolsonaro não pode reclamar.
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