Extrema pobreza aumenta na Bahia e gestão estadual culpa política do governo Bolsonaro – Bahia Notícias

0
33

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em “aceitar” você concorda com o uso que fazemos dos cookies
Achei que nunca mais ia ver briga política com ofensa em muro. Também não imaginei ver quem mais degrada o meio ambiente apoiando evento de sustentabilidade. Mas avaliação política boa mesmo é a de Peroba Belas Coxas. Agora, entre os melhores erros da semana com certeza estão a placa da prefeitura e Fatinha criando uma nova “letra” na campanha. Saiba mais!

"Agentes e instituições que possuem o dever de agir, de proteger o Estado Democrático de Direito. Agentes e instituições para os quais a República lhes concedera papel altivo -faltam-lhes, entretanto, o brio necessário. Cobiçam papéis que não lhes foram dados".
 
Disse o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ao criticar a omissão de autoridades em proteger a democracia e saiu em defesa da ministra Cármen Lúcia, que foi atacada pelo ex-deputado Roberto Jefferson.
Naira Gomes é cofundadora da Marcha do Empoderamento Crespo, um coletivo comprometido com a expansão da discussão de pautas raciais que, inclusive, já reuniu milhares de pessoas nas ruas de Salvador. Além de ativista, Naira é pesquisadora, antropóloga e também tem passagens pela política, sendo candidata a vereadora em 2020 e como assessora parlamentar na Câmara Municipal de Salvador (CMS) e na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Apesar de reconhecer um progresso, Naira Gomes criticou as a ausência de propostas de pautas raciais dos candidatos, levando em consideração que a maior parte da Bahia são categorizados como negros. Segundo a pesquisadora, a questão racial deveria ser um dos centros do debate político, porém não é algo que vem acontecendo. “Em relação a propostas eu vejo pouco. basicamente, não temos falado sobre violência contra a mulher, a gente não tem falado da precariedade do trabalho da mulher negra, que empreende por necessidade. Por exemplo, estamos acompanhando agora as mulheres marisqueiras na Bahia inteira que passam por diversos problemas, inclusive, um problema que é literalmente lama dentro do útero”, afirmou Naira. A antropóloga também defendeu a implementação de uma banca etnoclassificação para evitar o acontecimento de fraudes, por conta do uso da cota de fundo eleitoral para pessoas negras. “As cotas, principalmente os concursos públicos para altos salários, tinha muita fraude. As pessoas mandavam fotos adulteradas. Tem que ter uma banca de etnoclassificação para que não haja fraude. Atualmente, a cada 10 concursos em São Paulo, quatro têm fraude quando não tem banca”, disse Naira Gomes. Confira a entrevista completa:
O assédio dos vendedores ambulantes de Salvador já foi motivo de polêmica há um tempo atrás. Turistas que visitam a cidade, e até mesmo os soteropolitanos já criticaram a abordagem que as vezes pode parecer invasiva. O BN foi às ruas ouvir todos os lados desta história. Confere aí!
por Bruno Leite / Lula Bonfim
A extrema pobreza na Bahia cresceu 41,8% desde dezembro de 2018. Só nos últimos dois meses, de agosto para cá, o número de famílias nessa faixa social saiu de 2,54 milhões para 2,62 milhões no estado. Para Carlos Martins – secretário estadual da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social -, o desastre social vivido pela Bahia é resultado direto da política praticada pelo governo federal, sob o comando do presidente Jair Bolsonaro (PL).
 
“O aumento das pessoas em extrema pobreza, no Brasil como um todo, reflete a política nacional do governo federal. Ela está calcada em três pontos: primeiro, o alto índice de desemprego, que coloca as pessoas em situação de vulnerabilidade social; segundo, a inflação do período, que retira dos mais pobres o poder de compra; e terceiro, o desmantelamento de políticas públicas de assistência, que, ao longo desse período, sofreram ou redução de orçamento forte ou até zerou, como foi o caso das cisternas”, apontou Martins.
 
Em todo o país, são 49 milhões de pessoas – o correspondente a 23% da população brasileira – que afirmam não ter renda suficiente para sobreviver. Quase metade, 23 milhões, é moradora do Nordeste. Mas o número também assusta no Sudeste, região mais rica do país, onde 13 milhões vivem na extrema pobreza. De acordo com Carlos Martins, a Bahia sofre ainda mais com a situação ruim enfrentada pelo Brasil, devido às suas condições sociais e geográficas.
 
“Essas coisas refletem no nacional e, na Bahia, mais ainda. Porque a Bahia é um estado com 15 milhões de habitantes, dos quais quase 60% vive no semiárido e, historicamente, tem o maior número de pessoas no Bolsa Família, o que também representa um número alto no CadÚnico. Então, quando você analisa que em dezembro de 2018 nós tínhamos 1,7 milhões e agora nós temos mais de 2,6 milhões, realmente é um crescimento alto”, avaliou o secretário.
 
Carlos Martins fez críticas aos diversos cortes de gastos realizados pelo governo Bolsonaro na área social. Segundo ele, a retirada de investimentos de programas relativos à construção de cisternas, à distribuição de alimentos e ao fortalecimento da saúde pública.
 
“O programa de cisternas e o PA [Programa de Aquisição] de Alimentos são dois programas simples, mas que precisam de recursos. É preciso trabalhar com recursos orçamentários para que esses programas cheguem à população”, disse Martins.
 
“Quando se criou o programa de cisternas, se reduziu o êxodo de pessoas do Nordeste para o sul do país, reduziu a fome. Porque você tem um programa simples, que recolhe a água da chuva, que leva seis meses na cisterna e ela pode plantar ali alguns produtos alimentares, reduzindo uma série de vulnerabilidades. A lógica fundamental é você investir cada vez mais em programas desse tipo, que cheguem nas pessoas”, continuou o secretário.
 
O secretário aproveitou para criticar o corte de gastos na Saúde, para o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
“A mesma coisa está acontecendo com o SUS. São R$ 70 bilhões retirados do Sistema Único de Saúde. Seja pela PEC do Teto de Gastos, seja pela desvinculação dos royalties do petróleo [pré-sal] ou seja pelo corte no orçamento de 2023. Ou seja: quando você retira R$ 70 bilhões do maior programa de saúde do país, você influencia na vida das pessoas, no sentido de jogá-las para a extrema pobreza. São políticas simples que precisam ser feitas”, finalizou Martins.
Não é novidade que o eleitorado nordestino tem a sua preferência: nos nove estados da região, o ex-presidente e candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, saiu vencedor na disputa contra o atual presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno das eleições de 2022. No nordeste, Lula fez 67% dos votos válidos, contra 26,8% de Bolsonaro. A aposta do petista para o segundo turno é justamente aumentar a margem na segunda maior região do país para compensar as dificuldades que tem encontrado no Sudeste. E a Bahia? Quais estratégias as campanhas presidenciais estão adotando por aqui para o segundo turno? Lula consegue ultrapassar os 70% de votos no Estado ou Bolsonaro será capaz de reduzir a vantagem petista? O Terceiro Turno discute tudo isso a partir de agora.

O que será essencial para a escolha dos candidatos no segundo turno?
Roberto Jeferson, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, atirou com um fuzil e lançou granadas contra policiais federais que possuíam um mandado de prisão contra ele. Esse gravíssimo e criminoso ataque não é fruto de acaso ou acesso de loucura. Ele está intimamente relacionado com  os habituais ataques de Bolsonaro à justiça brasileira. Aquela granada foi precedida de atos e palavras do Palácio do Planalto. A nossa democracia depende da nossa compreensão sobre isso.

source

Leave a reply