F1 – Horner explica resistência das equipes com Andretti: "Quem vai pagar por isso?" – UOL

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As férias da Fórmula 1 vai ficar marcada pela intenção da Andretti, agora associada a General Motors através da Cadillac, de entrar na maior categoria do automobilismo como uma nova equipe no grid. Essa é uma intenção que a família Andretti buscou concretizar no ano passado, mas só recebeu a rejeição de quase todos as esquadrões existentes e também dos donos do campeonato. 
Michael Andretti, CEO da Andretti Global, alegou recentemente que a rejeição se deve à ganância existente entre as equipes que formam o grid da F1. Christian Horner, chefe da Red Bull, destacou o valor do nome Andretti e da marca Cadillac, mas explicou os motivos que levam os times a serem resistentes em aceitar a chegada de uma nova escuderia. 
“Andretti é uma grande marca, uma grande equipe”, disse Horner em entrevista ao Racer. “Mario (Andretti), o que fez na Fórmula 1 – como estadunidense também – é fantástico. Obviamente, a GM com a Cadillac também seriam duas marcas incríveis para se ter no esporte.”
“Mas acontece com todas essas coisas, no fim das contas tudo se resume a: ‘Bem, quem vai pagar por isso?’ E pode-se supor que as equipes, se perceberem que são elas que estão pagando ou diluindo sua renda – com toda certeza não vão aceitar muito bem.”
“As duas equipes que os apoiam ou tem uma associação com eles nos Estados Unidos ou vão fornecer um motor (se entrarem na F1). Os outros oitos dizem: ‘Espera, por que vamos diminuir nossa parte no fundo de premiação?'”, comentou Horner em relação a McLaren e Alpine, que são as duas escuderia que veem com bons olhos a chegada da Andretti.
“E por outro lado está o pessoal da Liberty (Media, empresa dona da F1), que dizem: ‘Bom, nós não vamos pagar por isso, estamos felizes com dez franquias saudáveis e competitivas do ponto de vista operacional – garagens, logística, motorhomes.’ Tenho certeza que eles preferem o modelo Audi, onde entram e adquirem uma franquia já existente.”
“Se você trouxer mais uma ou duas equipes, isso dilui o valor das atuais 10 franquias, que obviamente têm um valor inerente muito inflado no momento, especialmente na parte inferior do grid. Espero que encontrem uma solução. O mais limpo seria se eles pudessem assumir uma das equipesfranquias existentes, mas sem dúvidas ambas são grandes marcas que seriam muito bem-vindas na Fórmula 1.”
Michael Andretti
Photo by: Mark Sutton
Horner não teve problema em insistir que tudo é uma questão econômica e que nenhum dos atuais participantes deseja perder dinheiro diante da chegada de uma equipe. De toda forma, também reconhece que não é simples chegar a um número que satisfaça às escuderias e seja factível para uma nova entrada.
“Tudo se reduz ao dinheiro e acredito que haveria um ponto de ruptura”, indicou. “Se o fundo de premiação das equipes fosse compensado até um valor em que elas não perdessem materialmente, então é claro que é, qual é esse valor? E então seria proibitivamente caro para um novo participante?”
“Nestes 18 anos que estou participando (como chefe da Red Bull) vi algumas equipes ir e vir e acredito que é a primeira vez nos últimos dois anos que as dez equipes apresentam uma base financeira sólida. Normalmente há um ou dois que ficam a base da falência. Acredito que os dez times estão bem e isso se deve em parte à popularidade do esporte, mas também ao limite orçamentário e ao fato de que só existem apenas dez franquias. Creio que a Fórmula 1 será muito consciente de diluir isso se for problema mais adiante.”
A FIA, com Mohammed ben Sulayem, se mostrou muito interessada que a Andretti Cadillac entre na F1, mas Horner expôs por que o órgão regulamentador tem interesse nisso.
“Você pode entender a FIA, eles não têm nenhuma consequência financeira disso porque não participam do fundo de prêmios e receberiam mais taxas de inscrição para mais equipes. Então você pode entender por que querem mais equipes no grid. Mas acho que eles precisam chegar a um acordo com o detentor dos direitos comerciais, e o Pacto de Concórdia de 2026 parece ser o lugar certo para isso.”
“Basta que todas as partes tenham uma conversa sensata e cheguem a um acordo sobre algo que seja prático e viável”, concluiu.
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