F1: Saiba qual é a verdadeira potência do carro da Ferrari de 2023 – UOL

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A unidade de potência da Ferrari para a Fórmula 1 2023, uma vez resolvidos no dinamômetro os problemas de confiabilidade que reduziram seu desempenho em 2022, está pronta para explorar todo o potencial que o projetista Wolf Zimmermann quer extrair no próximo campeonato da F1.
Entretanto, alguma clareza ainda está pendente: caso contrário, corre-se o risco de erro na análise dos dados, o que criaria muita confusão. De todo modo, o assunto é a unidade de potência Ferrari 066/7: pelo que foi testado, a versão 2023 terá cerca de 30 cv a mais em relação à ‘média’ de 2022.
Esta é uma medição realista ou foram feitas somas que podem nos ‘desviar’, chamando também a atenção dos comissários técnicos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo)? Lembremos que as unidades de potência, salvo problemas de confiabilidade, devem permanecer congeladas até o fim de 2025. Um aumento de 30 cv de potência sem dúvida provocaria a reação das montadoras rivais, acionando um mecanismo muito perigoso na tentativa de equalizar o desempenho do motor.
De qualquer forma, no início da temporada 2022, acreditava-se amplamente que a unidade de potência da Ferrari havia compensado o déficit de potência dos anos anteriores, provando ser, se não a melhor unidade, um motor certamente alinhado com os padrões de Honda (RBR) e Mercedes.
La 675 quando sarà presentata avrà un motore più potente di una quindicina di cavalli
Recém-demitido do cargo de chefe de equipe da Ferrari para dar lugar ao francês Fred Vasseur, Mattia Binotto havia decidido homologar o 066/7 em sua versão mais potente, mesmo sabendo que a unidade não havia atingido a meta de sete GPs de durabilidade. O italiano queria ter o motor ais potente, sabendo que os regulamentos da FIA permitiriam o desenvolvimento de peças frágeis que estavam falhando.
E assim foi, mas já explicamos no início do campeonato que a Ferrari, ciente de suas fragilidades, havia configurado o motor com mapeamentos menos potentes, deixando cerca de 15 cv ‘na manga’ ante o real potencial que os engenheiros comandados por Enrico Gualtieri foram capazes de montar.
Entretanto, o que se viu em 2022 foram as repetidas falhas, que fizeram com que os engenheiros de motor da Ferrari ‘esvaziassem’ ainda mais a unidade de potência, a fim de evitar as falhas que caracterizaram o campeonato frustrante da Scuderia.
O delta de desempenho entre a condição ideal e a potência real usada no motor subiu para cerca de 30 cv de potência e, apesar disso, a Ferrari conseguiu selar 12 poles com o monegasco Charles Leclerc e o espanhol Carlos Sainz.
Charles Leclerc, Ferrari F1-75
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
No GP de Abu Dhabi, após intervenções visando buscar a durabilidade da unidade de potência, a Ferrari voltou a mostrar um motor com desempenho semelhante, senão igual, ao do GP inaugural  de 2022, no Bahrein.
A intervenção na vela de ignição com a pré-câmara que inclui o injetor de combustível (uma parte não congelada, mas livre por regulamento segundo a FIA) permitiu um salto bem importante de potência.
Assim, em Maranello, eles trabalharam duro para atingir esse limite de potência em 2023, que, no papel, seria capaz de expressar verdadeiramente a ‘cavalaria’ da unidade inicialmente idealizada por Zimmermann.
Tendo tudo isso em vista, a recuperação de potência, graças ao meticuloso desenvolvimento realizado, será, portanto, de cerca de 15 cv, e não de 30, como se tem falado. Em relação, no caso, ao ideal de 2022.
Não é que sejam poucos cavalos, pelo contrário: o carro da temporada 2023, em relação ao seu antecessor, o F1-75, poderá contar com um ‘dote’ que a Ferrari nunca conseguiu aproveitar no campeonato passado.
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