F1: Uso do motor Honda é caminho lógico para Cadillac no início da parceria com Andretti; entenda – UOL
Anunciada nesta quinta-feira (05), a parceria Andretti-Cadillac promete mexer com o paddock da Fórmula 1 nos próximos meses. Mas com o prazo mais lógico de entrada se aproximando, em 2026, a montadora americana não teria tempo hábil para construir seu próprio motor, já que perdeu o prazo determinado pela FIA. Por isso, as duas marcas começam a olhar para possibilidades.
E em meio a tudo isso, a Honda surge como a opção mais lógica para fornecer motores em parceria com a General Motors em um primeiro momento.
O envolvimento da GM no projeto surpreendeu, porque ninguém imaginava que a gigante americana teria interesse em produzir seu próprio motor para a F1, com o prazo de inscrição da FIA para montadoras já tendo passado.
Mas o presidente da GM Mark Reuss explicou que já chegou a um acordo com uma montadora que está presente nas negociações da FIA para usar sua unidade de potência em um primeiro momento.
“Temos um acordo assinado com uma fornecedora de motores para iniciarmos. E depois, com o projeto avançando, vamos trazer nossa expertise para criar coisas no futuro também”.
Michael Andretti acrescentou: “Será mais como uma colaboração com outra montadora”.
E apesar de nenhum dos dois darem mais detalhes sobre qual seria essa montadora, a escolha mais lógica seria a Honda. A marca japonesa chegou a sair da F1 no fim do ano passado, mas parece ter se arrependido, já tendo se registrado junto à FIA para um potencial retorno em 2026 como fornecedora.
Vale lembrar que a Honda também já se mostrou disposta a liberar sua propriedade intelectual para outras marcas, como é o caso da Red Bull, em acordo válido até o fim de 2025.
Além disso, a Cadillac tem uma parceria de longa data com a Honda, intensificada recentemente com os veículos elétricos. Questionado especificamente sobre a Honda ser essa parceira, Reuss disse: “No lado elétrico, obviamente temos uma grande parceria com eles. E competimos contra eles em outras cateogrias como a Indy”.
“Então temos esse respeito natural e relacionamento, que não é nada problemático. Vamos falar sobre a questão do motor posteriormente”.
Outra opção que a Andretti já vinha sondando é a Renault, com a montadora francesa buscando equipes clientes para o futuro. Já a Red Bull vem buscando uma montadora para dar nome ao seu próprio motor a partir de 2026, e a marca austríaca teve seu nome ligado à Ford.
Para a GM, a chance de fazer uma parceria com uma marca do calibre da Andretti, aliado à habilidade de ter acesso a uma tecnologia de motores para F1 pronta já de cara, faz com que a manobra faça sentido.
Falando sobre como a GM está olhando para a F1 agora, Reuss disse: “Ao longo da história, pelo menos de minha carreira, teríamos amado entrar na F1, mas era muito difícil fazer isso por muitos motivos. Seja por liderança, dinheiro, momento da empresa, da economia, os motivos eram diversos”.
Andretti revelou inclusive que já iniciou o recrutamento de engenheiros, já tenho um diretor técnico alinhado.
“Estamos fazendo várias contratações. Já temos várias pessoas trabalhando conosco. Contratamos os principais engenheiros. Então estamos avançados nisso. Já temos também nosso diretor técnico, e vamos anunciá-lo mais adiante”.
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