FIA estuda implementar arcos nas rodas para melhorar visibilidade na chuva na F1 – Grande Prêmio

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A Fórmula 1 tem tido dificuldades para correr na chuva. Em 2021, a categoria protagonizou um de seus piores momentos no GP da Bélgica, dando apenas três voltas para completar a corrida. Neste ano, o GP do Japão teve sua realização ameaçada também pela chuva torrencial e falta de visibilidade, algo que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pretende melhorar.
A entidade estuda possíveis soluções para diminuir o spray dos carros e dar mais segurança para os pilotos correrem em condições extremas. A FIA pensa em colocar arcos em cima das rodas dos bólidos para diminuir a quantidade de água jogada para o alto. Nikolas Tombazis, diretor-técnico da organização, explicou o surgimento da ideia e ressaltou que seria uma ferramenta utilizada em raras ocasiões.
“Achamos que será algo que será usado algumas vezes por ano, talvez três, por aí. Não queremos que toda vez que cair uma gota de chuva, de repente você tenha que encaixar essas coisas”, explicou o grego. “Spa em 2021 deixou cicatrizes no esporte, porque foi uma circunstância muito infeliz. Teria sido 10 vezes pior se tivéssemos ido até o Japão e tivéssemos que fazer as malas e voltar. Realmente precisamos evitar isso”, destacou Tombazis.
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“Temos muitas pessoas assistindo, espectadores pagando ingressos, equipes viajando por todo o mundo e, de repente, dizer que não podemos correr não é muito responsável da nossa parte. Acho que vai trazer as boas condições de corrida que são atualmente com os pneus intermediários, já que você quase nunca corre com os pneus de chuva, acho que vai ajudar bem para a janela dos pneus de chuva”, analisou o diretor-técnico da FIA.
A entidade já começou a fazer simulações computadorizadas para entender como funcionaria o novo dispositivo. De acordo com o Motorsport.com, a peça pode ser testada já no segundo semestre de 2023, mas é mais provável que apareça apenas em 2024. A FIA pretende que os arcos não tenham um grande impacto na aerodinâmica geral dos carros e espera uma melhora de até 50% na visibilidade dos pilotos.
“Fizemos muitas simulações, porque queremos garantir que o efeito desses dispositivos seja relativamente pequeno na aerodinâmica geral. Ainda terá um efeito, mas não de grande impacto. Além disso, estamos simulando as gotas de chuva, vendo como isso afeta o spray. O que é um pouco desafiador nas simulações é determinar a proporção relativa do que vem do difusor para o que vem dos pneus”, explicou Tombazis.
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“Assim que tivermos uma solução, faremos alguns protótipos e os testaremos em alguns carros para tentar avaliar isso adequadamente. Estou esperando que seja uma melhora de talvez 50 por cento”, revelou o grego.
A ideia é que os arcos sejam utilizados durante toda a corrida e não sejam colocados ou removidos às pressas. Se uma corrida começar com chuva intensa e depois a pista secar, o dispositivo será mantido nos carros até o final da prova.
“Não vamos pedir para que sejam montados ou removidos com pressa. Portanto, sua adaptação ou remoção seria antes de uma corrida ou durante uma bandeira vermelha. Se uma corrida começar muito molhada e ficar seca, eles permanecerão até o final”, esclareceu o diretor-técnico da FIA.

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