FIA revisa critérios e admite “exagero” em bandeiras preta e laranja na F1 2022 – Grande Prêmio

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A temporada de 2022 da Fórmula 1 viu um aumento no uso da bandeira preta e laranja. A principal prejudicada foi a Haas, que recebeu o aviso três vezes (Canadá, Hungria e Singapura) com Kevin Magnussen por conta de danos mínimos na asa dianteira. Nikolas Tombazis, diretor-técnico da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), afirmou que a entidade reviu seus critérios e admitiu que houve um exagero na utilização da bandeira preta e laranja.
“Nós revisamos nossos critérios sobre a bandeira preta e laranja do México em diante. Já vimos um ou dois carros depois disso que não receberam a bandeira preta e laranja. Nossa avaliação foi, após analisar a situação, que exageramos um pouco”, revelou Tombazis.
Tombazis também admitiu um outro erro da FIA na temporada de 2022 durante o GP do Azerbaijão. Na ocasião, Yuki Tsunoda teve uma falha em sua asa traseira e a AlphaTauri usou uma fita para colar a asa móvel e impedir sua abertura. O diretor-técnico acredita que uma bandeira preta e laranja deveria ter sido mostrada e que a partir daí a cautela aumentou demais.
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“Tivemos uma situação em Baku onde um carro foi autorizado a andar com danos que realmente não deveriam ser permitidos. Era uma das AlphaTauris, com dano na asa traseira que foi colado com fita ou algo assim. Isso foi ridículo. Neste caso, claramente tomamos a decisão errada”, admitiu Nikolas.
“Acho que isso criou um exagero e começamos a considerar os carros inseguros, mesmo quando estavam um pouco no limite. Então fomos um pouco longe demais em uma direção. Acho que tomamos algumas medidas corretivas depois dos Estados Unidos”, prosseguiu o diretor-técnico da FIA.
A FIA optou por reduzir a utilização das bandeiras preta e laranja após o GP dos Estados Unidos. Na ocasião, a Haas protestou o carro de Fernando Alonso, que estava com espelho solto após batida com Lance Stroll, e de Sergio Pérez, com asa dianteira danificada. O protesto contra o carro da Alpine foi aceito, porém revertido após a FIA considerar que o pedido da equipe americana havia sido feito fora do tempo limite.
“Isso elimina qualquer necessidade de intervenção da nossa parte, porque as equipes são, em geral, bem responsáveis nisso”, disse Tombazis sobre a mudança de postura. “Mas não mostraríamos uma bandeira preta e laranja em uma situação como uma aleta solta na asa dianteira, por exemplo. Agora, se o dano da asa dianteira por contato for tal que vemos vários elementos realmente balançando um em relação ao outro, então isso é algo que consideraríamos perigoso”, concluiu o grego.

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