Filho de assessor do clã Bolsonaro ganhou cargo no Ministério do Meio Ambiente – Metrópoles
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17/12/2022 2:00, atualizado 16/12/2022 18:46
Filho de um dos assessores mais próximos da família Bolsonaro, o veterinário Bernardo Simões Broetto (foto em destaque), de 45 anos, ganhou um cargo com salário de R$ 10.373,30 no Ministério do Meio Ambiente.
Bernardo foi nomeado em 27 de outubro de 2020 como coordenador-geral Nacional de Proteção e Defesa Animal da Secretaria de Biodiversidade. A portaria, publicada no Diário Oficial da União (DOU), é assinada pelo então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O veterinário é filho de Telmo Broetto, ex-agente da Abin e ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados.
Bernardo Broetto ganhou cargo do Ministério do Meio AmbienteReprodução/ Redes sociais
Bernardo Broetto é veterinário e filho de um homem de confiança da família BolsonaroReprodução/ Redes sociais
Bernardo Broetto ao lado dos pais, Telmo e Marisa Broetto, e da irmã, Patrícia BroettoReprodução/ Redes sociais
Telmo Broetto e a esposa, Marisa Simões Broetto, em evento no Itamaraty em 1º de janeiro de 2019Reprodução/ Redes sociais
Patrícia Broetto ganhou cargo na Presidência da RepúblicaReprodução/ Redes sociais
Telmo trabalhou com Bolsonaro de 2005 até 2018. Desde então, é secretário parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com salário de R$ 15.698,32. Em síntese, trata-se de homem de confiança da família.
Além disso, já doou R$ 16 mil para campanhas de Flávio e Eduardo Bolsonaro, como revelou a Agência Pública. Foram R$ 9 mil para a campanha do Zero Um em 2006 e R$ 7 mil para o Zero Dois em 2014, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmados pelo Metrópoles. Em valores atuais, equivale a mais de R$ 33 mil.
Patricia Broetto Arantes, outra filha de Telmo, também ganhou cargo no governo federal. Ela foi nomeada assessora especial do Gabinete Pessoal do presidente Jair Bolsonaro em janeiro de 2019, com salário de R$ 13.623,39.
Pela lei, essas nomeações, a princípio, não são consideradas irregulares, mas abrem margem para a imoralidade, uma vez que podem ter chegado ao cargo simplesmente por serem aliados da família Bolsonaro.
“O debate não é simples e envolve a análise minuciosa de todas as circunstâncias afetas à dinâmica colocada a exame, contudo, não se perca de vista que os princípios constitucionais regentes da atividade administrativa, especialmente, a moralidade e o interesse público, devem sempre prevalecer sobre os interesses meramente pessoais daqueles que dirigem a Administração Pública, pois os bens e entes estatais pertencem ao povo, e não aos governantes”, explica o advogado Pedro Henrique Costódio Rodrigues, especialista em direito administrativo.
Bernardo, Telmo e Patrícia Broetto foram procurados por meio de suas redes sociais, mas não se manifestaram. O Ministério do Meio Ambiente também não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem. O espaço segue aberto.
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