Flórida na rota de Bolsonaro – ISTOÉ

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Leandro Mazzini começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de 25 capitais e interior Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’ desde então, e agora escreve no blog que leva seu sobrenome no portal da ‘Revista Isto É’, onde conta com o trabalho dos jornalistas Walmor Parente, Carolina Freitas e Sara Moreira, além de correspondentes no Rio e Recife. É também comentarista das rádios ‘JK FM’ em Brasília, ‘Super TUPI’, do Rio, e ‘Rádio Muriaé’.

Coluna do Mazzini
18/11/2022 – 9:30
A tensão no Palácio do Planalto é tamanha sobre o futuro de Jair Bolsonaro como cidadão comum, a partir de 1º de janeiro, que houve reunião do clã e alguns assessores mais próximos para indicar destinos e projetos para ele e família. Além de salário, apoio jurídico e a sugestão de uma casa no Lago Sul, pagos pelo PL – como revelou a Coluna –, a alopração do grupo foi tamanha que aventou-se o presidente renunciar antes do dia 30 de dezembro e deixar o Brasil. Assim, o vice-presidente Mourão passaria a faixa a Lula da Silva (isso é possível, mesmo que Bolsonaro permaneça). O que não se descarta é o plano sigiloso: ele viaja a passeio para os Estados Unidos com a família, mas estabelece residência numa casa de amigo já à disposição em Orlando, na Flórida. Seria uma fuga da Justiça. Bolsonaro está com medo de ser preso por qualquer juiz de 1ª instância num dos 58 processos contra ele que vão “descer” do STF para a Justiça comum. A casa está limpa, o passaporte e o visto americano em dia.
A saída do general Rêgo Barros há mais de ano, porta-voz do Palácio, foi só o começo do bloqueio. O Governo se blinda contra demandas. Assessorias mandam jornalistas recorrerem à Lei de Acesso a Informações até para as pautas simples, como o pedido do número de processos na Comissão de Ética da Presidência e de fatos referentes a investigados no MMA.
Se há uma disputa tensa por um cargo no futuro Governo de Lula da Silva (PT), inevitavelmente é para o Ministério da Fazenda – que assim voltará a se chamar. Henrique Meirelles quer descansar, já contribuiu para o País e não topou, argumenta um amigo. Desde setembro, grãos petistas que desfilam por salas da Av. Faria Lima, o coração financeiro do País, citam, quando pressionados, Marcos Lisboa como o potencial ministro. Ele foi secretário-executivo da Fazenda no 1º Governo Lula. Outro citado é Nelson Barbosa, que já compõe o grupo da transição. Marina Silva e um suplente de Gleisi Hoffmann tentam emplacar um nome egresso de um banco.
Ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira se cacifa para voltar ao comando da pasta ou ter um cargo na Esplanada. Marina Silva e Izabella, aliás, passaram uma semana no Egito para debater na COP 27. Izabella manteve agenda intensa. Em conversa com representantes da Alemanha, Noruega, Reino Unido, ouviu a disposição em retomarem o fundo da Amazônia na parceria de preservação. De Nicholas Stern, economista no Banco Mundial, escutou que o mercado se inquieta com perspectivas de renovação da economia brasileira. Lula deve criar a Autoridade do Clima. Um indicativo de que Izabella e Marina estarão no Governo.
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, tem um problema para resolver no reduto: o futuro de Roberto Requião. O ex-senador trocou o MDB pelo PT para ajudar na eleição de Lula. Derrotado para o Governo, reclamou ainda na campanha de abandono do novo partido (foi visto se lamuriando ao telefone num hotel no interior). Agora, ele exige uma retribuição à altura de seu histórico no Estado: quer a direção da usina de Itaipu. Mas, de novo, o PT aparece no caminho de seu projeto. Gleisi tenta resolver sem fazer o problema chegar ao chefe. Requião ameaça sair do PT e voltar à oposição.
Os mais combativos do staff presidencial ainda estão no contra-ataque pós-campanha. Listam denúncias de radialistas do interior que teriam recebido um e-mail, que se revelou fake, de funcionário do TSE que mandava retirar do ar inserções de Bolsonaro. Querem levar dossiê ao tribunal.
O caso da “guru” Kat Torres, denunciada por tráfico humano para prostituição de duas brasileiras nos EUA, está longe de ser o único. O Ministério Público do Trabalho vai fechar 2022 com o maior número de denúncias para esse tipo de crime dos últimos seis anos. Até esta semana, o MPT registrou 251 acusações contra tráfico de pessoas.
O descrédito das relações internacionais do Governo Bolsonaro resvalou nas atividades similares do Congresso Nacional. Desde maio desse ano a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul não se reúne no Senado. A última reunião foi no plenário 7 da Ala Alexandre Costa, e nada deliberou. É um desafio para o novo Governo.
Começaram os saques
Nem terminou o Governo e a “limpa” começou em gabinetes da Esplanada no silêncio da noite. Um comissionado demitido do Ministério do Meio Ambiente levou laptop da pasta.
O segredo do hotel
Uma dúvida paira em Alagoas: quem pagou a conta da viagem e do hotel 5 estrelas da bela amiga do governador Paulo Dantas (MDB), flagrada com ele na suíte às 6h no dia da operação da PF em São Paulo?
O Falcon de Neymar
O jato Falcon 900 PS-NJR que aterrissou em Vitória (ES), novo avião do jogador Neymar Jr, custou perto de R$ 250 milhões e ele iniciou seu processo de nacionalização na ANAC. Só em impostos deverá pagar 6% de IPI sobre o valor da compra.
O nome correto do delegado federal cotado para ser o 2o no escalão da Polícia Federal no Governo Lula da Silva é Rodrigo Teixeira, e não Jorge Teixeira.
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