Futebol é bom porque é ruim – UOL Esporte

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018. Colunas na Folha: https://blogdojuca.uol.com.br/lista-colunas-na-folha/
23/11/2022 17h58
Futebol é aquele esporte no qual não apenas o time pior ganha do melhor, como jogar bem não evita a derrota para quem jogou mal.
Também por isso o futebol é tão bom.
Assim foi entre Bélgica e Canadá.

Quem foi ver Kevin De Bruyne ficou frustrado e, do time europeu, viu mesmo o goleiraço Courtois pegar pênalti logo no começo do jogo e os canadenses dominarem o envelhecido time belga.
Como diria Muricy Ramalho, a bola pune.
Depois de desperdiçar uma montanha de chances, mais para o fim do primeiro tempo, quem abriu o placar foi a Bélgica.
Mereceu? Não mereceu! Mas fez o gol com Batshuayi.
Davies, que perdeu o pênalti, seguiu desperdiçando chances escandalosas no segundo tempo, em jogo físico com clara vantagem dos norte-americanos.
O futebol é ruim, maldoso mesmo, porque não perdoa quem erra.
E os canadenses têm uma insuperável dificuldade na hora de finalizar suas jogadas.
Por incrível que pareça, os belgas só continham os ataques apelando para faltas, em geral mal batidas.
A defesa canadense botava o ataque belga no bolso, mas o ataque canadense errava irritantemente.
Aquela Bélgica que eliminou o Brasil na Rússia não existe mais e o Canadá, para um dia existir, precisará ensinar seus atacantes a fazer gols.
O segundo tempo foi de doer.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
Juca Kfouri
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