Gafe e busca por virada marcam sábado de campanha de Bolsonaro e Lula – UOL Confere

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Do UOL, em Brasília
08/10/2022 20h55Atualizada em 08/10/2022 23h51
No primeiro fim de semana depois do primeiro turno da eleição, os candidatos à Presidência centraram os esforços de campanha para buscar votos em áreas onde foram derrotados no último domingo.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou da maior cerimônia religiosa do Pará e cometeu uma gafe ao errar a grafia do Círio de Nazaré em postagem nas redes sociais. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez neste sábado um ato no interior de São Paulo, onde realizou a sua maior caminhada no estado até agora, e aproveitou para criticar o adversário.

Bolsonaro chegou ao Pará na sexta-feira (7) e embarcou por volta de 6h30 deste sábado (8) em um navio da Marinha que levava a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses.
Foi direto para a sala de comando e não se aproximou da padroeira. Desceu do navio após o término da cerimônia e foi embora sem falar com a imprensa.
Depois da romaria fluvial do Círio de Nazaré, Bolsonaro fez campanha de jet-ski e visitou uma comunidade ribeirinha.
Bolsonaro obteve 40,27% dos votos no Pará no primeiro turno e ficou atrás de Lula, que conquistou 52,22% do eleitorado.
O estado tem o maior número de eleitores aptos a votar na região Norte do país: 6 milhões de pessoas. Somados, os outros seis estados chegam a 6,48 milhões de eleitores.


O governador Helder Barbalho (MDB) foi reeleito em primeiro turno por 70,41% dos votos. Aliado de Lula, ele convidou o petista para participar do Círio de Nazaré, mas o ex-presidente recusou justificando que não iria à festa por ser contra o uso político de um evento religioso.
A Arquidiocese de Belém informou em nota que não convidou Bolsonaro para participar do evento e que não permite seu uso para fins políticos.
Bolsonaro não deu declarações públicas ao longo do dia, mas se manifestou nas redes sociais principalmente sobre o tema segurança pública. Em uma postagem, disse que assaltantes não podem ser tratados como vítimas da sociedade; em outra, disse que os homicídios caíram em seu governo. O presidente também fez ataques ao PT e a Lula e ilações com facções criminosas.
A equipe de Bolsonaro discutiu a possibilidade de ele comparecer a show na noite de sábado em Brasília.
Lula participou de um cortejo pelas ruas de Campinas, no interior de São Paulo. Foi seu primeiro grande evento na região durante a campanha -ele só foi a Sumaré durante a pré-campanha. A caminhada durou cerca de uma hora em um trajeto de pouco menos de 2 quilômetros.
Em seu discurso, Lula citou a polêmica declaração de Bolsonaro, que disse que “comeria carne humana” ao se referir à cultura de povos indígenas em entrevista de 2016 ao The New York Times, que viralizou nesta semana. “Ninguém quer vir aqui [estrangeiros ao Brasil] com medo do canibal. Eu vi o vídeo dele dizendo que comeria um índio”, disse.
A estratégia do petista consiste em reduzir a diferença de votos para Bolsonaro no segundo turno no estado de São Paulo.
No primeiro turno, Lula perdeu a eleição em São Paulo: obteve 40,89% dos votos, ante 47,71% do adversário. O candidato petista ao governo, Fernando Haddad, também perdeu para Tarcísio de Freitas, nome encampado por Bolsonaro ao Palácio dos Bandeirantes: 35,7% e 42,32%, respectivamente.
O estado é o maior colégio eleitoral do país, com 34,6 milhões de eleitores aptos a votar -equivalente a 22,16% do total de votantes no país, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
É também um dos locais onde o PT enfrenta altos índices de rejeição, especialmente no interior do estado.
“No primeiro turno a gente não teve a quantidade de votos que a gente tinha que ter. Talvez não soubemos pedir o voto com a maestria que deveríamos saber. O segundo turno serve para a gente fazer reparos naquilo que a gente se equivocou, naquilo que a gente errou”, disse o petista durante entrevista em Campinas.
Neste domingo (9), Lula deve participar de entrevista e caminhada em Belo Horizonte. Ele venceu em Minas Gerais no primeiro turno, com 48,29% dos votos, ante 43,60% de Bolsonaro —que, agora, conta com apoio do governador reeleito Romeu Zema (Novo).
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