Gilmar Mendes nega habeas-corpus e STF mantém prisão de Dr. Jairinho – VEJA

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (25) manter a prisão do ex-vereador Jairo de Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, preso desde 2021 pela suspeita de participação na morte do menino Henry Borel.
A decisão foi motivada por um habeas-corpus protocolado pela defesa do ex-vereador. Os advogados argumentaram que Dr. Jairinho deveria ter o mesmo benefício concedido a Monique Medeiros, mãe do menino, que responde em liberdade ao processo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ao negar o habeas-corpus, Mendes entendeu que duas situações são juridicamente distintas.
“Os pedidos de extensão formulados por corréus encontram amparo no tratamento jurídico isonômico que deve ser conferido a todos os acusados que integram a mesma relação jurídico-processual”, decidiu o ministro.
Mais cedo, Monique Medeiros foi afastada de suas funções da Secretaria Municipal de Educação do Rio, onde é funcionária concursada. Após ganhar liberdade, Monique voltou a trabalhar no órgão em uma função administrativa, no almoxarifado, com remuneração bruta de 3.100 reais, em dezembro de 2022.
Em setembro de 2022, o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, negou o pedido da defesa de Jairinho, para que ele fosse beneficiado com a extensão da medida dada a Monique e tivesse a revogação de sua prisão preventiva.
O pedido foi feito logo após Monique Medeiros ter a prisão revogada no dia 26 de agosto. O ministro Noronha entendeu que Monique sofreu constrangimento ao longo do processo.
No dia 16 de janeiro deste ano, foi a vez da Justiça do Rio negar mais um pedido de habeas-corpus do ex-vereador.
Jairo de Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, está preso desde o dia 8 de março de 2021, acusado da morte do menino Henry Borel, na época com 4 anos de idade. A mãe de Henry, Monique Medeiros de Almeida, que era companheira de Jairinho, também responde pelo crime de homicídio.
Laudo da necrópsia do Instituto Médico-Legal (IML) diz que o menino morreu em consequência de hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente. Os exames apontaram 23 lesões no corpo da criança.
Com Agência Brasil
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