Golpe, agora, só se Bolsonaro se reeleger e o Congresso apoiar – Metrópoles

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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por Ricardo Noblat e equipe
04/10/2022 8:00,atualizado 04/10/2022 8:04
Dará no que a auditoria feita pelos militares no processo de apuração de votos atrás de provas para desacreditar a segurança das urnas eletrônicas? Os observadores internacionais já disseram que tudo correu bem e que nenhuma irregularidade foi detectada.
Nenhum eleitor se apresentou para dizer: eu votei assim e meu voto foi computado ao contrário. Os generais votaram e nenhum se queixou de nada. Votou o resto da tropa, e ao que se sabe, ninguém reportou fato capaz de insinuar que houve fraude.
Para completar o vexame dos que se serviram de Bolsonaro para tirar a esquerda do poder e depois foram servi-los em postos de confiança, o próprio Bolsonaro, em sua primeira fala sobre as eleições do último domingo, reconheceu o resultado.
Explicou que parte dos brasileiros quer mudanças porque sua vida piorou e que ao longo do segundo turno explicará que se ela de fato piorou, começou a melhorar. Bolsonaro aproveitará sabatinas e debates, como disse, para esclarecer os brasileiros a respeito.
Bolsonaro perdeu as condições para contestar a legitimidade do processo eleitoral ao dar-se conta da vitória de militares e de ex-ministros do seu governo. Sete militares ganharam assento no Congresso. O vice, o general Hamilton Mourão, elegeu-se senador.
O general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, elegeu-se deputado federal pelo Rio. Teresa Cristina, ex-ministra da Agricultura, elegeu-se senadora pelo Mato Grosso. O ex-ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, elegeu-se deputado federal.
Os militares votaram em Bolsonaro no primeiro turno e votarão no segundo, mas é só. Além disso, não irão. Caso Bolsonaro se reeleja, o Centrão poderá ajudá-lo a jogar fora das quatro linhas da Constituição, mas cobrará um preço astronômico para tal.
Faltam apenas 26 dias para que Bolsonaro seja derrotado de uma vez.
“Minha posição é Lula. Evidente que o partido tem que discutir alguns pontos com a equipe dele, mas o que está em jogo para nós é a democracia e a democracia acima disso tudo.” (Tasso Jereissati, senador, ex-presidente nacional do PSDB)
Lula deve ter êxito na construção de uma barragem contra novo avanço da extrema direita, que ocorreria em segundo mandato de Bolsonaro
José Serra deve encerrar sua carreira política, que coincide com o fim de ciclo do PSDB; no currículo, uma exitosa ação de ministro da Saúde
Não se queixe depois quando o cafezinho lhe for servido frio
Militares ganham assentos na Câmara e no Senado
Tasso Jereissati
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