Governo de transição diz que Bolsonaro deixou conta bilionária para consumidores – Seu Crédito Digital

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A conta que será paga nos próximos anos tem valor bilionário e foi impactada com a privatização da Eletrobras.
Na última quinta-feira (8), o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Mauricio Tolmasquim, afirmou que os consumidores pagarão uma conta de R$ 500 bilhões. Tolmasquim coordena o grupo técnico da equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, a conta foi deixada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

A conta que será paga nos próximos anos é referente a de energia elétrica. De acordo com coordenador, o diagnóstico para o setor elétrico é “assustador”. 
“Uma série de ações tomadas pelo governo vai deixar uma herança ruim muito grande para os próximos governos, que terá de ser paga pelo consumidor de energia elétrica”, afirmou. 
Para o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a privatização da Eletrobras é um dos principais causadores da conta. De acordo com Tolmasquim, a privatização da Eletrobras, realizada no governo Bolsonaro, gerou custo de R$ 368 milhões nas contas de luz dos consumidores. 

O projeto de lei aprovado no Congresso Nacional vendeu a estatal. Além disso, o texto obrigu o governo a comprar de energia de termelétricas a gás natural nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste a partir de 2026. Contudo, de acordo com o coordenador, são lugares “distantes onde não há gás natural”.
De acordo com Tolmasquim, a reserva de mercado para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), também previstas na privatização da Eletrobras, trouxe uma conta de mais R$ 55 bilhões.

“Hoje temos um fenômeno que o custo da geração de energia elétrica é muito barato, nossas fontes [de energia] são baratas, temos bons recursos naturais, mas a tarifa que o consumidor paga é exorbitante, uma das mais caras do mundo. Agora vem mais pressão sobre a tarifa e temos que agir para resolver isso”, afirmou Tolmasquim.
Além da privatização da Eletrobras, a chamada “Conta Covid” também custará cerca de R$ 23 bilhões. Além disso, a contratação emergencial de termelétricas, que somam mais R$ 39 bilhões e a escassez hídrica enfrentada no último ano, de R$ 6,5 milhões, se unem ao preço total.

Imagem: BW Press/shutterstock.com
Estudante de Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo.
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