Hamilton dispara sobre desigualdade social: "Ninguém deveria poder ter bilhões" – Notícia de Fórmula 1 – Grande Prêmio

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Lewis Hamilton é um dos pilotos da Fórmula 1 mais envolvido em causas sociais. Ao lado de Sebastian Vettel, os dois participaram de diversas manifestações protestando contra o racismo, direitos LGBTQIA+ e causas sociais e ambientais, algo que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pretende regulamentar em 2023.
Questionado em um podcast sobre quais as leis que gostaria de mudar, Hamilton disse que tem dificuldades para entender a desigualdade social existente no mundo. O heptacampeão revelou que gostaria que houvessem mecanismos de controle que impedissem o acúmulo de grandes fortunas, já que enquanto alguns acumulam bilhões, outros passam fome.
“Uma das coisas que tenho dificuldades todos os dias é, e é assim que a vida é e tem sido assim por milhares de anos, é que temos uma diferença muito grande entre ricos e pobres. Quando você dirige por Los Angeles, ainda há muitas pessoas morando nas ruas”, disse Lewis ao entrevistador Jay Shetty.
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“Você não deveria poder ter bilhões. Deveria haver um limite para o quanto você pode ter. Porque há o suficiente para todos. Então, de alguma forma, criar uma lei que crie mais igualdade e acesso igual para todos. Não sei como isso seria implementado. Conheci crianças que estão morrendo de fome. E você pensa como somos tão sortudos. E saber disso e aproveitar todos os dias é muito, muito importante”, questionou o britânico.
De acordo com o jornal The Times, a fortuna de Hamilton está na casa dos £300 milhões (aproximadamente R$ 1,9 bilhão na cotação atual). O piloto da Mercedes estava entre os cinco maiores doadores na lista do jornal The Sunday em 2022 e possui sua própria fundação, a Mission 44, para promover educação para crianças.
“Existem tantas causas. Existem tantos problemas e tantas causas incríveis. E você é apenas um, então onde você coloca o foco? Demorou muito, muito tempo para realmente descobrir o que era mais importante para mim. Acho que, para mim, a educação foi algo pelo qual me sentia extremamente compadecido, porque estive na Índia, estive em alguns dos lugares mais pobres como Manilla, e vi crianças que são como nós, mas implorando por comida e não tendo as mesmas oportunidades. E para mim, foi isso que partiu meu coração e percebi o quão privilegiados e sortudos somos”, contou Lewis.
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O heptacampeão relata que o sucesso nas pistas deixou de ser suficiente para lhe trazer felicidade. Hamilton diz que entender seu propósito foi fundamental e espera poder ser capaz de ajudar a transformar a Fórmula 1 em um ambiente mais diverso e incluso.
“Eu estava ganhando e isso estava me dando aquela pontinha de felicidade. Mas então eu meio que voltava à normalidade e havia algo faltando. E era esse propósito, entender qual é esse propósito e entender por que você foi colocado aqui, por que recebeu a plataforma que recebeu. Por que somos as únicas pessoas de cor durante todo o tempo”, lembrou o britânico.
“Quando comecei a falar sobre diversidade, as pessoas diziam ‘oh, você quer ter mais pessoas de cor como pilotos de corrida?’ Somos apenas 20, então eu pensei, não, se há 40.000, 50.000 empregos, há milhares de trabalhos de engenharia nos bastidores e há uma falta de diversidade. Eu quero fazer parte da mudança dessa narrativa e mudar essa conversa e fazer com que as pessoas se questionem e tenham essas conversas difíceis com os outros”, ressaltou Hamilton.

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