Hamilton lembra Senna × Prost e fala em “privilégio” com retorno da F1 a Suzuka – Grande Prêmio

Lewis Hamilton tem Ayrton Senna como ídolo, todo mundo sabe. Depois dos treinos livres da Fórmula 1 nesta sexta-feira (7) para o GP do Japão, após duas temporadas longe de Suzuka por conta da pandemia do novo coronavírus, o heptacampeão mundial fez questão de relembrar do brasileiro e de uma das maiores rivalidades da história do esporte.
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“Essa pista é simplesmente linda de pilotar e é ótimo ver os fãs de volta — será ainda mais divertido no seco. Quando você completa sua primeira volta do fim de semana, é sempre especial pensar em todas as lendas que por aqui estiveram. Quando chega à última chicane — ou na curva 1 — pensando em Senna e (Alain) Prost… percebe o privilégio que é pilotar em um lugar de tanta história”, revelou Hamilton.
Suzuka abrigou três capítulos cruciais de Senna × Prost: 1988, 1989 e 1990. No primeiro ano, nada de conflito pessoal: apesar de largar da pole-position, Senna teve um problema e viu o carro morrer, caindo para o fundo do pelotão. Com uma grande pilotagem de recuperação em uma pista de condições mistas, Ayrton superou o francês, que sofria de problemas de câmbio, na volta 27, e partiu para a vitória e o título.
Em 1989 e 1990, no entanto, tudo foi diferente. No primeiro ano, com mais ritmo na saída da curva 130R, Senna deu um mergulho para ultrapassar Prost por dentro na chicane, mas o francês fechou a porta e os carros colidiram. Um abandono duplo daria o título a Prost, mas o brasileiro religou o motor e, com ajuda dos fiscais de pista, retornou para a pista. Após trocar a asa dianteira, Senna retornou apenas cinco segundos atrás do italiano Alessandro Nannini, da Benetton, e ultrapassou o piloto para sair com a vitória nas voltas finais. Porém, o Ayrton acabou desclassificado por ter cortado a chicane após o acidente com Prost, com o argumento de que o piloto não completou toda a distância da corrida. Veio o tricampeonato para o francês.
Já em 1990, Senna deu o troco: quando os dois pilotos chegaram na curva 1 após a largada, Senna, em outro dos momentos mais marcantes da história da F1, mergulhou por dentro e deixou o carro na Ferrari do francês, causando um choque e levando os dois pilotos para a caixa de brita, encerrando ali o campeonato, já que Alain não conseguiria reverter a pontuação na Austrália.
Especificamente sobre a sexta-feira da Mercedes em Suzuka — coroada com dobradinha no TL2 —, Hamilton destacou a importância do dia para a equipe alemã — para além dos resultados obtidos.
“Foi um dia muito frio. Nublado e com chuva, pouca ação na pista — mas esperamos condições diferentes para o resto do fim de semana. Sempre há algo de útil para aprender com as configurações, desgaste dos pneus e temperaturas — assim como mexer no equilíbrio do carro entre as sessões. Também conseguimos dados dos nossos competidores. E foi tudo positivo no TL2, que enfim conseguimos (esquentar corretamente) os pneus”, disse Hamilton.
“Pensando em amanhã, não sei bem o que esperar. Acho que a Red Bull e a Ferrari estarão rápidas — mas espero que nós também, como em qualquer fim de semana”, completou o piloto da Mercedes.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP do Japão de Fórmula 1. No sábado, o TL3 começa à 0h [de Brasília, GMT-3], enquanto a classificação inicia às 3h.
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