Investigado no STF, Zé Trovão participa de ato com Bolsonaro no Alvorada – Extra

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Alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) e usando tornozeleira eletrônica, o caminhoneiro Zé Trovão participou nesta quinta-feira da reunião do presidente Jair Bolsonaro com deputados federais eleitos no Palácio da Alvorada. Eleito pelo PL de Santa Catarina com 71.140 mil votos, o novo parlamentar disse que, para atender o convite de Bolsonaro, pediu autorização à Justiça para deixar seu estado.
Zé Trovão disse que essa foi a primeira vez em que ele esteve no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, e afirmou que apenas deu "um abraço" em Bolsonaro.
— Só dei um abraço. Hoje tinha muita gente, não deu para falar (com ele) — afirmou ao GLOBO.
O deputado eleito disse que sua defesa fez uma solicitação à Justiça na terça-feira para que ele pudesse se deslocar a Brasília e ficar até sexta-feira. Seu advogado, Elias Mattar, também confirmou o pedido.
— Alexandre de Moraes designou um juiz federal de Joinville para fiscalizar as restrições e deliberar sobre movimentações do Zé Trovão. Pedimos autorização e ele concedeu — afirmou o advogado.
Na segunda-feira, após o resultado da eleição, a defesa de Zé Trovão pediu ao STF a revogação do uso de tornozeleira eletrônica e de outras medidas cautelares.
— Pedi a retirada da tornozeleira, porque agora como parlamentar eu tenho os meus direitos mais ainda assegurados. Pedi para tirar tornozeleira e exercer meu mandato a partir de 2023 — disse.
O agora deputado eleito é alvo de investigação pela organização de atos antidemocráticos no 7 de setembro do ano passado. Na época, ele incentivou caminhoneiros a fechar estradas para pressionar o Senado a acolher pedido de impeachment de ministros do STF. Foi alvo de uma ordem de prisão em setembro do ano passado proferida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação, mas fugiu para o México antes de ser capturado.
Depois de passar quase dois meses foragido, ele retornou ao Brasil e se entregou à PF no final de outubro. Ficou preso até dezembro, quando foi para prisão domiciliar. Dois meses depois, em fevereiro deste ano, Moraes revogou a prisão domiciliar, mas determinou o uso de de tornozeleira eletrônica e outras medidas restritivas, como a proibição de usar redes sociais e se comunicar com outros investigados do mesmo inquérito. Zé Trovão atualmente só pode se ausentar de Santa Catarina, estado onde vive, com autorização judicial.

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