Jamil Chade – Europeus querem inquérito sobre instigadores de … – UOL Confere

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Jamil Chade é correspondente na Europa há duas décadas e tem seu escritório na sede da ONU em Genebra. Com passagens por mais de 70 países, o jornalista paulistano também faz parte de uma rede de especialistas no combate à corrupção da entidade Transparência Internacional, foi presidente da Associação da Imprensa Estrangeira na Suíça e contribui regularmente com veículos internacionais como BBC, CNN, CCTV, Al Jazeera, France24, La Sexta e outros. Vivendo na Suíça desde o ano 2000, Chade é autor de cinco livros, dois dos quais foram finalistas do Prêmio Jabuti. Entre os prêmios recebidos, o jornalista foi eleito duas vezes como o melhor correspondente brasileiro no exterior pela entidade Comunique-se.
Colunista do UOL
17/01/2023 12h00
Numa iniciativa rara em relação ao Brasil, deputados europeus votarão na próxima quinta-feira um projeto de resolução no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é criticado e relacionado com os ataques contra as sedes dos três poderes em Brasília.
No texto do projeto, obtido com exclusividade pelo UOL, Bolsonaro é acusado de “espalhar narrativas falsas sobre a eleição” e os deputados pedem que os instigadores dos atos sejam investigados.

A moção é uma iniciativa dos partidos ecologistas da Europa e será considerada nesta semana no Parlamento Europeu. O texto não tem o poder de uma lei. Mas é um ato político de pressão e amplia o isolamento internacional do ex-presidente.
Quais são as acusações feitas no projeto de resolução?
Papel de Bolsonaro: O documento aponta que os ataques às instituições democráticas pela extrema-direita são um fenômeno global, como o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021; enquanto os ex-presidentes Trump e Bolsonaro foram fundamentais para o aumento desta violência e dos ataques;
Redes sociais: a resolução considera que as plataformas de mídia social desempenharam um papel fundamental ao ampliar a retórica agressiva, a violência, a mobilização e a disseminação da desinformação. O texto ainda cita a demissão dos funcionários do Twitter no Brasil encarregados de moderar o conteúdo da plataforma.
O que os deputados pedem?
Para concluir, os deputados indicam sua preocupação “com o papel desempenhado pelas empresas de tecnologia e plataformas de mídia social nos eventos, especialmente através de algoritmos que promovem conteúdo odioso e desinformação, assim como a relutância das plataformas em remover conteúdo ilegal; solicita às autoridades competentes que investiguem estas dinâmicas antidemocráticas e aos legisladores que tomem medidas para combater a desinformação”.
O Parlamento ainda pedirá que a Comissão Europeia e os governos nacionais “aumentem o apoio às organizações da sociedade civil que promovem a democracia e lutam contra a desinformação”.

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