Jamil Chade – Homenagem a Pelé por diplomacia de Bolsonaro … – UOL Confere

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Jamil Chade é correspondente na Europa há duas décadas e tem seu escritório na sede da ONU em Genebra. Com passagens por mais de 70 países, o jornalista paulistano também faz parte de uma rede de especialistas no combate à corrupção da entidade Transparência Internacional, foi presidente da Associação da Imprensa Estrangeira na Suíça e contribui regularmente com veículos internacionais como BBC, CNN, CCTV, Al Jazeera, France24, La Sexta e outros. Vivendo na Suíça desde o ano 2000, Chade é autor de cinco livros, dois dos quais foram finalistas do Prêmio Jabuti. Entre os prêmios recebidos, o jornalista foi eleito duas vezes como o melhor correspondente brasileiro no exterior pela entidade Comunique-se.
Colunista do UOL
02/01/2023 04h00
A morte de Pelé abriu um impasse e mal-estar dentro do Itamaraty ainda sob o governo de Jair Bolsonaro, por causa das homenagens programadas.
Nos dias que se seguiram ao anúncio da morte, em 29 de dezembro, governos estrangeiros cobraram informações sobre os livros de condolências que seriam abertos nas embaixadas do Brasil pelo exterior, e que não foram disponibilizados.

Um luto de três dias foi decretado pelo governo Bolsonaro. Mas embaixadas e postos pelo mundo apenas podem abrir livros de condolências quando recebem instruções de Brasília, especificamente do departamento responsável pelo protocolo.
A demora em emitir as instruções gerou estranheza dentro do ministério e entre governos estrangeiros, especialmente diante da dimensão global de Pelé e da repercussão de sua morte.
Sem uma ordem por dias, um telegrama foi feito apenas na tarde do dia 31 de dezembro às embaixadas em todo o mundo. O documento, obtido pelo UOL, pede que a homenagem seja estabelecida a partir desta segunda-feira (2).
Será nestes livros que autoridades externas irão, oficialmente, escrever suas últimas dedicatórias ao jogador brasileiro, num ato que depois será repassado à família de Pelé.
A reportagem apurou que o telegrama foi feito e enviado, apesar de uma hesitação do protocolo do Itamaraty. O departamento era liderado por um diplomata que mantinha, em seu escritório, uma bandeira da monarquia e que assumiu uma linha de forte apoio ao bolsonarismo em sua política externa, uma das mais desastradas na democracia brasileira.
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