Josias de Souza – Bolsonaro aproveita as férias para se divertir na … – UOL Confere

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na “Folha de S.Paulo” (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). É coautor do livro “A História Real” (Editora Ática, 1994), que revela bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens batizada de “Os Papéis Secretos do Exército”.
Colunista do UOL
01/02/2023 13h12
O governo dos Estados Unidos ainda não decidiu se concederá o visto de turista requisitado por Bolsonaro. Mas o capitão antecipa a diversão. Embarcou na roda-gigante do golpismo. A engrenagem já havia sido importada por para o Brasil. A diferença é que Bolsonaro agora mata o tempo no brinquedo original, fabricado na matriz, sob o comando do seu ídolo Donald Trump.
Bolsonaro fará na sexta-feira uma palestra em Miami, num evento promovido por organização envolvida na invasão ao Capitólio, insuflada por Trump. Chama-se Turning Point. Numa tradução literal, significa “ponto de virada”. No inglês do asfalto, pode ser traduzido como “momento decisivo” ou “ponto crítico”. Bolsonaro se transformou num momento crítico que se estende além do suportável.

Num prenúncio do que esta por vir, Bolsonaro discursou para apoiadores nesta terça-feira, num evento na Flórida. Colocou em dúvida a vitória de Lula. Fez referências dúbias ao 8 de janeiro. Fez uma condenação retórica ao quebra-quebra do Capitólio à brasileira. Mas diz que parte da turba bolsonarista está “sendo injustiçada”. Prometeu que vai se manter politicamente “ativo”.
Por mal dos pecados, o contribuinte brasileiro pode estar financiando parte das férias em que Bolsonaro envergonha o Brasil nos Estados Unidos. Como todo ex-presidente, o capitão passou a dispor de um staff com oito funcionários públicos, entre seguranças, motoristas e assessores. O Tesouro Nacional paga salários e, em caso de viagens, passagens e diárias —no Brasil e no exterior. Mesmo quem sofreu impeachment, como Collor e Dilma, usufrui da estrutura. No ano passado, a coisa custou R$ 5,6 milhões. Bolsonaro, em estado crônico de golpismo, transforma sua ex-presidência numa auditoria esperando para acontecer.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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