Jovens talentos do futebol estão em Campo Bom – Diário de Canoas
O aniversário de 64 anos de Campo Bom também vai marcar uma grande celebração do futebol de base. Nesta terça-feira (31) serão realizados os jogos finais da 4ª Copa de Futebol Pequeno Gigante, que teve início em 25 de janeiro. O nome faz alusão a como Campo Bom ficou conhecida na década de 1980, por se destacar na produção calçadista em meio às cidades maiores. O evento é considerado um dos mais importantes torneios de categorias de base do Sul do Brasil.
Nestes sete dias, o município recebeu 77 equipes, de oito categorias (sub-10 ao sub-17), que representaram 37 clubes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Ao todo, são 158 partidas movimentando 2 mil pessoas, entre 1,6 mil atletas, além de familiares e comissão técnica.
Na tarde desta segunda-feira (30), Americano (Novo Hamburgo) e Guarany (Bagé) fizeram a final da sub-16 no Estádio Sady Arnildo Schmidt. O time de Bagé levou a melhor, vencendo por 1 a 0. Para chegar à final, os meninos jogaram quatro partidas e somaram o maior número de pontos. O certame teve uma média de 40 jogos diários e ocupou diversos campos da cidade.
Integrante da equipe sub-15, o goleiro do Americano Rafael Vargas, 15 anos, estava na arquibancada torcendo pelos amigos de clube. Treinando no time do bairro Canudos desde os 8 anos, diz que a copa também é uma vitrine. Para hoje estão previstas as finais de sub-15, às 15 horas, sub-17, às 16h30, e sub-12, às 18h20, todos no Estádio Sady Arnildo Schmidt.
“Além de ser um momento de integração, a copa movimenta o turismo esportivo de Campo Bom e arredores”, comenta o diretor municipal de Esporte, Rodrigo Silva. Segundo ele, familiares que vêm acompanhar os atletas movimentam ainda o comércio local. De Campo Bom participaram quatro equipes, sendo uma de sub-12 do Projeto Acolher, sub-13 e sub-14 do Clube 15 de Novembro, e sub-17 do Palmeirinhas.
O evento promovido pela Sulicampe, tem apoio da prefeitura, e recebeu times de várias cidades, como Pelotas, Rio Grande, Estância Velha, Cachoeirinha, Torres, Barra do Ribeiro, Rolante, Cachoeira do Sul, entre outros.
Durante a competição, seis escolas e um ginásio serviram de alojamento para a gurizada, espaço em que foram servidas as refeições de café, almoço e jantar. Tanto equipes de mais longe como de perto, a exemplo de São Leopoldo, usaram a estrutura para evitar custos e o desgaste dos jogadores.
A concentração de jovens atletas atraiu olheiros de todo o Brasil. Conforme o diretor executivo da Sulicampe, Orneide Tondin, clubes como Fluminense, Atlético-MG, São Paulo e Corinthians enviaram representantes para buscar novos talentos do futebol. “Também há empresários. Cada um tem um foco, de acordo com a idade”, explica. Tondin cita o jogador Endrick, do Palmeiras, que jogou a Copa Pequeno Gigante em 2017. O atleta, com 16 anos, foi vendido para o Real Madrid, da Espanha, por R$ 400 milhões. Como a lei não permite que jogadores menores de idade joguem por clubes estrangeiros, Endrick só poderá se transferir para a Europa em 2024.